Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Fórum discute formas de manejo do Amaranthus palmeri nas propriedades rurais

08.10.2015
17:47
FONTE: ExpressoMT

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Discutir o impacto que o Amaranthus palmeri pode trazer sobre culturas regionais e municiar técnicos agrícolas e produtores rurais sobre o manejo adequado para evitar prejuízos nas próximas safras. Esse foi o objetivo do Fórum Técnico sobre a erva daninha ocorrido nesta quinta-feira no Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde. O evento foi promovido pelo Instituto Matogrossense do Algodão (IMAmt).

O Amaranthus palmeri, também conhecido como caruru, é uma planta daninha que começa a preocupar os produtores rurais de Mato Grosso. O primeiro relato de infestação foi feito este ano, em lavouras de alguns municípios da região Norte, como Ipiranga do Norte e Tapurah. Os pesquisadores que identificaram a planta no Brasil estudam formas de fazer o controle e erradicação nas lavouras. 

Durante o fórum foram realizadas palestras sobre o sistema de monitoramento e informativo, sobre a biologia da planta daninha e recomendações sobre manejo. Há relatos desta planta daninha na Argentina há mais de dez anos. Segundo pesquisadores, nos Estados Unidos também é um problema nas últimas safras, onde ela já é resistente ao glifosato, produto considerado o principal aliado do produtor no controle das plantas daninhas. Segundo os técnicos, é importante alertar para o não uso de subdosagens de herbicidas e não fazer sucessão de culturas resistentes ao glifosato, não prolongando o uso e favorecendo a longevidade do produto. Por enquanto, a única forma conhecida de acabar com a planta daninha é manualmente.

O engenheiro agrônomo Anderson Cavenaghi, do Univag, o Amaranthus palmeri pode trazer prejuízos a qualquer cultura. Segundo ele, caso a erva daninha não seja destruída pode influenciar na produção, seja de soja, milho ou algodão, as culturas mais comuns na região. “Ela rouba nutrientes, espaço e água da cultura, diminuindo a produção”, explica. “Tem que encontrar meios de controla-la nessa situação senão ela vai interferir e baixar a produção do produtor”.

Como é uma situação recente no país, ainda não existem ensaios sobre o Amaranthus palmeri no Brasil. Em razão do surgimento do problema, nos próximos dias serão iniciadas pesquisas para analisar o comportamento. Segundo Cavenaghi, por enquanto as orientações aos produtores são baseadas em experiências no exterior. “Estados Unidos e Argentina já têm problemas com essa planta, estão lidando com herbicidas e agora, como surgiu aqui, vamos fazer esses primeiros testes. Tem algumas indicações de quais produtos podem funcionar, porque é uma espécie de caruru e nós temos várias espécies de caruru aqui”, relatou o engenheiro agrônomo.

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