Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Futuros Produtores aprendem sobre o processo de produção e comercialização da carne

20.06.2016
10:30
FONTE: Ascom Famato

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O Grupo Arca Agropecuária recebeu no sábado (18/06), em Tangará da Serra, a visita da turma 2015/2016 do projeto Futuros Produtores do Brasil, desenvolvido pelo Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT).

A primeira parada foi na boutique de carne Natural Beef, especialista em cortes de carne Nelore precoce e F1 Angus, que são produzidas nas fazendas do grupo. O gerente geral da boutique José Abdo fez uma apresentação desde os cuidados com os animais até o abate, desossa, corte e embalagem.

De acordo com Abdo, os animais da fazenda crescem bebendo água da fonte, comendo capim, se alimentando de silagem e grãos produzidos na própria fazenda. São livres de hormônio e estimulantes para crescimento, além de não ingerirem nenhum tipo de antibiótico.

“A Natural Beef preza pela qualidade de vida dos seus clientes. Trabalhamos o melhor corte, a genética perfeita, pois, não existe carne de segunda, existe o boi de segunda. Hoje nós ofereceremos ao consumidor um animal de primeira, ponta a ponta, do rabo até o pescoço”, explicou Abdo.

Em seguida os jovens Futuros Produtores percorreram 30 km de estrada, do centro de Tangará da Serra até a Fazenda Fonte, do grupo Arca. Os jovens foram recepcionados pelo diretor executivo Marcelo Zandonate e pelo presidente sócio proprietário Paulo Carvalho.

Na propriedade os jovens conheceram toda a estrutura dos confinamentos, fabrica de ração e os ingredientes utilizados na dieta do confinamento desde a silagem de grão úmido, sorgo e outros núcleos que estão envolvidos no processo de alimentação dos bovinos. Zandonate explicou que também trabalha com semi-confinamento, áreas de pastos com alta densidade de gado e fornece um concentrado diariamente.

O grupo também conheceu a estrutura oferecida aos animais que são fornecidos para a Natural Beef. “Aqui produzimos e terminamos a fêmea para ser abatida. Oferecemos piquetes, o alimento das fêmeas são de alta intensidade, sendo que elas não são confinadas, são animais como chamamos de verde e amarelo, 90% é capim e 10% é milho. Os animais que são fornecidos para a Natural Beef são terminados a pasto”, apontou.

A propriedade faz a Integração Lavoura Pecuária (ILP), os participantes puderam observar a área onde foi colhida a soja e que agora está sendo plantado o capim Ruziziensis. As áreas estão sendo piqueteadas com cerca elétrica de baixo custo, onde os animais estão sendo distribuídos para o pastoreio.

Normalmente são usadas cercas com lasca de madeira, porém após participar da Missão Técnica aos Estados Unidos, no Kansas, realizada pelo Sistema Famato/Senar, o proprietário Paulo Carvalho trouxe de exemplo as cercas elétricas utilizadas nas propriedades americanas. “Durante as visitas aos ranchos no Kansas observei que eles usavam cercas de vergalhões de ferro. Fiz os levantamentos e pude perceber que é muito mais barato que as cercas convencionais”, contou Carvalho.

Na variedade de inovações da fazenda, os Futuros tiveram a oportunidade de ver e aprender mais sobre os desafios em que o diretor executivo está submetendo as fêmeas jovens, Nelore PO, para serem fertilizadas aos 12 meses. “A inseminação está sendo feita quando a fêmea chega aos seus 12 meses de idade”, disse.

Na fazenda Fonte são cinco mil hectares de pastos, destes cinco mil, 1.200 ha são de ILP, e a outra parte mantém pecuária o ano inteiro. “Na parte de 3.500 ha temos cerca de 7 mil cabeças de gado, sendo cerca de duas cabeças por ha. Nosso plano é piquetear essa área, investir em adubação, pastagem, intensificando a parte de alimentação e nutrição para chegar as 20 mil cabeças, com aproximadamente 10 cabeças por ha. Esse é o nosso desafio. Estamos trabalhando para isso”, assegurou Zandonate.

O presidente Paulo Carvalho falou aos Futuros Produtores sobre a importância da sucessão familiar, já que o grupo Arca é familiar e pode dar exemplo de uma sucessão que deu certo. Para ele,  o processo de sucessão tem que ser encarado como uma empresa, deve ser planejado e levado em consideração as particularidades de cada grupo familiar e empresarial. “Tudo deve ser tratado separadamente, os conceitos de família, propriedade e empresa. Deve haver diálogo para tratar dos conflitos já existentes e dos que podem surgir”, aconselhou.

Conforme Carvalho é fundamental não confundir a profissionalização da gestão com o parentesco. “É necessário criar organogramas e definir as funções para cada herdeiro. Assim funciona aqui na fazenda, sou funcionário e ocupo o cargo de presidente, mas não porque sou filho que deixo de prestar contas e apresentar meus relatórios”, esclareceu.

A Fazenda Vale Verde, uma das ganhadoras do Prêmio Sistema Famato em Campo, realizado em 2015, é uma das fazendas do grupo Arca Agropecuária. O presidente do grupo Paulo Carvalho foi um dos membros da Missão Técnica aos Estados Unidos, no Kansas.

A Famato, entidade de classe que representa 89 Sindicatos Rurais de Mato Grosso, completou 50 anos no dia 16 de dezembro de 2015. Ao longo dessas cinco décadas levantou diversas bandeiras em prol do produtor. Lidera o Sistema Famato, composto pela Famato, Sindicatos Rurais, Senar-MT e o Imea. Essa trajetória é celebrada graças ao trabalho dos produtores rurais e dos colaboradores.

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