Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Governo quer mais prazo para pagar empréstimo às distribuidoras

29.01.2015
15:31
FONTE: G1

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O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quinta-feira (29) que o governo está negociando a redução de juros e a ampliação do prazo de pagamento dos empréstimos bancários tomados para socorrer as distribuidoras, mas que vão ser pagos pelos consumidores via conta de luz.

Foram emprestados até o momento R$ 17,8 bilhões para pagar gastos extras das distribuidoras em 2014. Entretanto, como esses recursos só faram suficientes para bancar as contas até outubro, o governo já anunciou que uma nova operação financeira será feita, dessa vez de R$ 2,5 bilhões, para cobrir as dívidas de novembro e dezembro. O total do empréstimo, portanto, deve atingir R$ 20,3 bilhões.

Os recursos para pagá-lo, com juros, virão das contas de luz, via aumentos ainda maiores nas tarifas de energia. A princípio, essa fatura seria diluída entre 2015 e 2017. Segundo o ministro, porém, o governo vai negociar com os bancos para estender o pagamento até 2018.

Ao longo de 2014, foram feitas duas tomadas de recursos. A primeira, de R$ 11,2 bilhões, foi negociada em abril com juros de CDI mais 1,9% ao ano. A segunda, de agosto e no valor de R$ 6,6 bilhões, CDI mais 2,35% ao ano.

De acordo com o ministro, o objetivo do governo é reduzir os juros dessas operações, mas ele não informou qual é o índice buscado nas negociações.

Falta de chuvas

Esses gastos extras das distribuidoras foram gerados pelo uso mais intenso de termelétricas e a compra de energia no mercado à vista, onde ela é mais cara.

No ano passado, esses gastos dispararam devido à falta de chuvas, que provocou a queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país.

Pela regra do setor, as distribuidoras deveriam pagar essa fatura no primeiro momento para, depois, serem ressarcidas nos reajustes de suas tarifas, que ocorrem todos os anos. Entretanto, elas alegaram não ter recursos para cobrir a conta, bilionária, por isso o governo anunciou a tomada dos empréstimos.

Esses gastos extras, portanto, seriam repassados às contas de luz de qualquer maneira. O empréstimo apenas evitou que isso ocorresse de uma só vez, entre 2014 (ano de eleições) e 2015. Porém, sobre os empréstimos incidirá juros.

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