Mato Grosso, 29 de Março de 2024
Economia / Agronegócio

Grupo de empresas do prefeito de Cuiabá entra em recuperação judicial

07.10.2015
08:11
FONTE: Carolina Holland/G1 MT

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O Grupo Bipar, cujo presidente licenciado é o prefeito de Cuiabá (PSB), Mauro Mendes, entrou em recuperação judicial. O pedido foi aceito pelo juiz Flávio Miraglia Fernandes, da Primeira Vara Cível Especializada em Falência e Recuperação Judicial, que determinou que as execuções e ações contra as empresas por causa de dívidas sejam suspensas por 180 dias.

O Grupo Bipar tem dívida declarada de R$ 102 milhões e é formado pela Bipar Energia, Bipar Investimentos & Participações, Mavi Engenharia & Construções e Bimetal Indústria Metalúrgica.

Conforme o diretor do Grupo Bipar, Luis Nespolo, uma das causas do pedido de recuperação judicial foi a perda de crédito bancário por parte das empresas depois que o gabinete do prefeito foi alvo de busca e apreensão da Operação Ararath, da Polícia Federal, em maio do ano passado. O fato fez com que Mauro Mendes fosse considerado pelos bancos como uma PPE (Pessoa Politicamente Exposta), o que gerou restrição de crédito corporativo, segundo Nespolo.

Conforme o pedido de recuperação judicial, o Grupo Bipar tem muitas obras em andamento, mas lucrou menos que o previsto no ano passado. O faturamento foi de R$ 321,7 milhões, quando o esperado era R$ 440 milhões. Entre as obras estão três ligadas ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), incluindo a ampliação do aeroporto de Fortaleza, e a construção de linhas de transmissão.

O magistrado determinou que seja apresentado balancete mensal das empresas enquanto o processo estiver em andamento. O grupo tinha pedido também que fosse excluído o nome das empresas e de seus sócios de companhias de serviços de proteção ao crédito como SPC e Serasa, mas o juiz Miraglia negou a solicitação, por considerar o momento "inoportuno" e porque não há previsão legal para isso.

Justificativas
Segundo o Bipar, o pedido de recuperação judicial foi feito para preservar milhares de empregos diretos, saldar a dívida com fornecedores e executar cerca de R$ 200 milhões em contratos. Entre as situações elencadas no pedido de recuperação, está a demora em mais de um ano na aprovação de um aditivo de R$ 55 milhões a uma empresa transmissora de energia, "impondo à construtora um longo período de execução de obra sem cobertura financeira, gerando enormes prejuízos".

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