O Indicador Antecedente de Emprego da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 1,2% em agosto, frente ao mês anterior, atingindo 73,6 pontos, seu menor nível desde maio de 2009.
De acordo com a pesquisa, essa é a sexta queda consecutiva do índice, sinalizando continuidade da tendência de desaceleração do ritmo de contratações para o terceiro trimestre.
“As quedas acumuladas desde março no IAEmp reforçam a desaceleração observada na geração de vagas no mercado de trabalho brasileiro. O índice está em linha com a baixa geração de empregos, evidenciada pela Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e com a criação de novas vagas formais de emprego, como mostram os indicadores do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego. Os resultados indicam ainda que essa tendência de desaceleração deve se manter nos próximos meses", disse, em nota, Fernando Holanda Barbosa Filho, pesquisador da FGV/Ibre.
Segundo a pesquisa, os componentes que mais contribuíram negativamente para a queda do indicador foram os índices que medem o grau de otimismo dos empresários em relação à tendência dos negócios nos próximos seis meses da Sondagem de Serviços e a opinião dos empresários, da Sondagem da Indústria, sobre a presente situação dos negócios e sobre a intenção de contratar nos próximos três meses, com variações de -2,0% e -1,9% respectivamente.