A inflação começou 2016 mais forte para a população de baixa renda. O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) ficou em 1,91% no primeiro mês do ano – quase o dobro da taxa de 0,97% registrada em dezembro.
Em 12 meses, o IPC-C1 acumula alta de 11,42% – levemente abaixo da taxa de 11,52% registrada nos 12 meses encerrados em dezembro. O indicador mede a variação de preços para famílias com renda de até 2,5 salários mínimos mensais.
De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), as altas nos preços das tarifas de ônibus e da conta de luz foram as que mais pesaram na inflação em janeiro: o primeiro item ficou em média 6,11% mais caro, enquanto o segundo foi elevado em 2,53%.
Também pesaram as altas verificadas nos preços do tomate (27,37%), da cebola (27,89%) e da batata inglesa (13,08%).
Entre as classes de despesa, houve aceleração nas taxas de transportes (de 0,79% para 4,02%), alimentação (de 1,94% para 2,63%), habitação (de 0,34% para 1,04%), educação, leitura e recreação (de 0,9% para 3,73%), despesas diversas (de 0,17% para 1,8%) e comunicação (0,06% para 0,34%).
Em sentido contrário, ficaram menores apenas as taxas de vestuário (de 1,04% para 0,39%) e saúde e cuidados oessoais (de 0,49% para 0,38%).