Depois de dez trimestre em queda, os investimentos voltaram a crescer no Brasil. Na comparação entre o primeiro e o segundo trimestre do ano houve um avanço de 0,4%. O número é parte do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado nesta quarta-feira (31).
No resultado do PIB, os investimentos são chamados de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – um indicador que é condição essencial para o Brasil voltar a crescer e a gerar emprego e renda.
Quando ele aumenta, significa que há mais confiança na economia, já que empresários só tiram projetos da gaveta quando realmente acreditam que o futuro será melhor que o presente.
A produção de bens de capital também tem influência sobre o resultado positivo dos investimentos. Apenas entre maio e junho houve um aumento de 1,1%. A fabricação desses itens aumenta quando há novos projetos saindo da gaveta.
Esses produtos são usados para fabricar outros, então eles significam aumento de produção no futuro.
Investimento e poupança
Com esse resultado da taxa de investimento no período, ela alcançou o equivalente a 16,8% do PIB. O governo, no entanto, quer elevar esse percentual e tem trabalhado para fazer os investimentos deslancharem. Não à toa, criou a Secretaria Executiva do Programa de Parcerias Público Privadas (PPI), que tem desenvolvido projetos para o Brasil.
Outro indicador que apresentou melhora importante foi a taxa de poupança bruta, que passou de 15,1% do PIB para 15,8%. Esse número é a soma da poupança das empresas, das famílias e do governo. A poupança é importante porque sem ela não existe investimento, para os projetos saírem do papel para gerar emprego e renda.