Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Jovem pede dinheiro para a avó, larga duas faculdades e vira empresário

07.10.2015
09:37
FONTE: G1

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  • Depois de perdir dinheiro para a avó, Derick se tornou empresário
Aos 17 anos de idade, um jovem de Peruíbe, no litoral de São Paulo, tomou algumas decisões que mudariam de vez a sua própria história. Após ser demitido do emprego, ele largou duas faculdades para investir em um antigo negócio de família, que estava parado há mais de quatro décadas. Derick Morgan Maragni, hoje com 27 anos, pediu R$ 300 emprestados para a avó, comprou "prata pura", fabricou suas primeiras joias e começou a vendê-las de bicicleta pelas ruas da cidade.

As dificuldades iniciais serviram de lição e hoje, com a ajuda dos dois irmãos, Derick é um empresário, comanda mais de 30 revendedoras e gerencia duas lojas do ramo de alianças e joias em Peruíbe e Itanhaém.

“A minha família paterna é do ramo de joalheria desde a década de 1960. Começou com meu bisavô, depois passou para o meu avô, ainda em São Paulo. Eles fabricavam peças para a primeira dama e para um público mais elitizado naquela época. Com o passar dos anos, eles foram cansando e a oficina que tinham na Capital foi desativada. Isso já faz uns 40 anos”, lembra.

Empreendedor

O empresário afirma que, quando mais jovem, não era fã dos estudos tradicionais, mas já pensava em abrir um negócio próprio. A habilidade para trabalhar com prata foi descoberta na época em que ele era empregado em uma loja de materiais elétricos e ferramentas. Foi o impulso que Derick precisava para empreender.

“Aos 17 anos, eu lembro que meu avô Ernesto me deu um pote de maionese com várias peças de prata pura dentro. O irmão dele, o tio Carlão, que era artesão e a última geração ainda em atividade, mexia com ouro e achei interessante fazer uma pulseira. Ele me ajudou e, em três meses, montei minha primeira peça. Depois disso, comecei a conversar com meu avô sobre um maquinário parado que ele tinha em casa, em Peruíbe, e comecei a aprender”, relata.

No mesmo período em que investia parte do tempo para recuperar os equipamentos "velhos" da casa do avô, o jovem estava descontente com a faculdade. Fez alguns semestres de Gestão Ambiental e parou. Depois, começou a cursar Ciências Contábeis, e também cancelou.

“Aconteceu meio que tudo ao mesmo tempo. Eu trabalhava em um lugar e fui para outro do ramo de ferramentas. Trabalhei apenas 15 dias e fui demitido. Aí, pensei em mudar tudo. Pedi R$ 300 emprestados para a minha avó materna, para comprar um pouco de prata, e comecei a criar meus próprios anéis e brincos personalizados, todos feitos à mão”, diz.

Boca a boca

Com a ajuda da mãe, o jovem vendia seus produtos de porta em porta. Maragni fez um cartão de visitas e, aos poucos, foi profissionalizando o trabalho. "Foram cinco anos vendando de bicicleta e com o tempo surgiu a necessidade de abrir um espaço físico e investir em maquinário", lembra.

Há cerca de dois anos, o jovem abriu a primeira loja, no Centro da cidade, resgatando o antigo nome da família. “Em homenagem ao meu avô e meu tio, trouxe de volta o nome Maranatha". A primeira loja foi aberta em Peruíbe, depois uma nova unidade na cidade vizinha, Itanhaém.

Exclusiva

Segundo o empresário, as peças exclusivas são seu diferencial. “As peças exclusivas da loja, ou pedidas pelos clientes, são desenhadas por mim. Também me especializei em designer. Há alguns meses, criei por conta própria algumas peças para o Neymar. Estudei durante meses os símbolos que ele costuma usar em bonés, roupas e tatuagens, e mandei de presente para ele um escapulário. Fiquei muito feliz quando o vi usando a peça em algumas fotos”, revela.

Para gerenciar as lojas e os revendedores, Maragni conta com a ajuda dos dois irmãos, que são formados em Administração. Dennis Joseph Morgan Maragni, de 25 anos, é responsável pela parte financeira da empresa. Já Brian Morgan Maragni, de 28, que se juntou aos irmãos após um intercâmbio nos Estados Unidos e uma temporada na capital paulista, atua com os revendedores.

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