A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (27), na Cidade do México, que os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e Nelson Barbosa, do Planejamento, têm "uma posição de unidade" em relação ao ajuste fiscal do governo.
Levy não compareceu, na última sexta-feira (22), à entrevista coletiva para divultgação do corte orçamentário, embora o nome dele estivesse entre os ocupantes de lugares à mesa. O anúncio foi feito somente por Nelson Barbosa, que informou que o colega não compareceu porque estava gripado. O corte anunciado no Orçamento da União foi de R$ 69,9 bilhões. Dias antes, Levy havia afirmado que o corte ficaria entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. Integrantes do PT reagiram de forma contrária a medidas do ajuste fiscal. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) teria apontado divergência entre os dois ministros e defendido a saída de Levy do governo.
"Eles [Levy e Barbosa] têm posição de unidade em torno do ajuste fiscal. Acho que o senador está tentando construir um conflito onde não existe. A posição do ministro Levy e do ministro Barbosa no governo é extremamente estável. Nunca houve, desde que assumiram suas funções, nenhum problema com eles. Reconheço no no ministro Levy um ministro dedicado, batalhador e trabalhador. Ninguém pode tirar isso do Levy nem do ministro Barbosa. Ambos fizeram cortes do orçamento", declarou Dilma.
Questionada sobre o fato de a crítica partir de um senador do próprio partido da presidente, ela disse lamentar "profundamente" e afirmou que se trata de uma posição isolada. "O PT jamais externou esse tipo de posição para mim", declarou.