Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Mercado imobiliário: preços e demanda continuam em alta em MT

01.10.2014
08:58
FONTE: Assessoria

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Cuiabá tem crescido exponencialmente nos últimos anos. De 2010 até 2014 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou o aumento populacional de Cuiabá em quase 25 mil novos residentes. Se as cidades de Cuiabá e Várzea Grande acompanharem a mesma proporção de crescimento populacional do Estado de Mato Grosso até 2020, a região chegará a marca de quase um milhão de habitantes.

Além do crescimento populacional, as estruturas urbanas das duas cidades estão sendo remodeladas. Locais que eram vistos como distantes ganham centenas de moradores graças à criação ou à reforma de vias de acesso e avenidas.

O presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais, Comerciais e Condomínios de Cuiabá e Várzea Grande (Secovi), Marco Pessoz, analisa esse movimento como uma estratégia das construtoras e incorporadoras para que os preços dos imóveis não aumentem ainda mais. “Os valores dos terrenos em Cuiabá aumentaram muito. Há pouca oferta, e por isso tem havido busca por regiões mais afastadas, para que o negócio seja compensador tanto para a construtora como para o cliente”, pontua.

A pesquisa do Secovi, que foi divulgada este mês, confirma essa descentralização, apontando que Várzea Grande e regiões mais afastadas do centro de Cuiabá ganham em quantidade de oferta de moradia. A região Leste do município, identificada por bairros como Dom Aquino, Baú, Novo Horizonte, Jardim Imperial e Boa Esperança, por exemplo, oferta 4,674 mil unidades habitacionais. Mais 1,436 mil apartamentos estarão prontos nos próximos dois anos com a conclusão de 41 torres na região Sul de Cuiabá, nos bairros Parque Ohara, Nossa Senhora Aparecida, Altos do Coxipó e Residencial Coxipó.

Os dados do Secovi ainda revelaram que os imóveis mantiveram a valorização em 2014. A moradia para a classe A teve aumento de 5%, a classe B permaneceu na mesma média do ano passado, a classe C teve o acréscimo de 15% no valor e a D não foi possível comparar visto que não tem estoque disponível para compra. Os números confirmaram a análise feita pelo vice-presidente do Sinduscon-MT, Julio Cesar de Almeida Braz, no início do ano. Crédito, estabilidade econômica, aumento no poder de consumo das famílias, demanda reprimida, terrenos valorizados e disponibilidade de novos imóveis foram algumas das garantias apontadas pelo executivo sobre o cenário.

O levantamento anual do mercado imobiliário mostrou que quase 14.000 novos imóveis serão entregues até 2017, número que, segundo Julio não será suficiente para reduzir o déficit habitacional na capital. “Percebemos a chegada constante de novas pessoas atraídas pelo potencial econômico do nosso Estado. Além disso, a Grande Cuiabá está perto de ultrapassar a barreira de um milhão de habitantes em relativo curto espaço de tempo, o que irá gerar grande crescimento econômico com novas empresas e indústrias. A demanda por novas moradias é constante e a valorização dos preços contínua nos próximos anos”, pontua.

Porém, o vice-presidente alerta para um aspecto importante: é preciso fazer uma pesquisa antes de lançar produtos no mercado, identificando a localização ideal para cada público, preenchendo áreas em branco para que as vendas não caiam ou os produtos fiquem encalhados. “Costumamos dizer que unidades habitacionais em Cuiabá não sobram. Se a venda não é realizada, é preciso saber o porquê. Por isso, aconselhamos tanto essa pesquisa prévia para que não haja prejuízo”.

Julio e Marco concordam que mesmo com as peculiaridades de 2014, o ano tem tido resultados acima dos projetados graças à qualidade de alguns lançamentos no mercado. O Primor das Torres, condomínio horizontal da Ginco que é dirigida por Julio, teve mais de 50% das unidades vendidas só no pré-lançamento realizado em maio deste ano. “Exemplificamos essa tendência com o Primor das Torres pois foi um case de sucesso por atender a demanda deste estilo de moradia que a região da Avenida das Torres tem apresentado nos últimos anos”, observa Julio.

Para 2015, a expectativa é positiva no cenário econômico, pois espera-se um período de ajustes das novas estratégias de governança. “Aumento de crédito, estabilidade econômica e constante crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso são garantias locais para as boas projeções a curto espaço de tempo”, é o que acredita o presidente do Secovi.

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