O ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, afirmou nesta sexta-feira (6) que as medidas que restringiram os benefícios trabalhistas e previdenciários “não têm qualquer relação” com o pacote de ajuste do governo para equilibrar as contas públicas, que fecharam com déficit primário em 2014.
“Estas medidas não servem para fechar conta [do governo] (...). Elas não têm relação com o corte de gastos, mesmo porque as políticas sociais não foram mexidas”, disse o ministro durante evento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em São Paulo.
A minirreforma, anunciada pelo governo em janeiro por medidas provisórias (MPs), triplicou a carência para pedir o seguro-desemprego, restringiu o acesso à pensão por morte e aumentou para 30 dias o prazo para requerer o auxílio-doença.
O ministro afirmou ainda que tais medidas já eram discutidas há muito tempo e vieram para corrigir um “processo de transição demográfica”. “Não acho razoável que famílias sem filhos e cônjuges jovens no mercado de trabalho, na minha visão, fiquem com pensão por morte de 100%”, disse.
Gabas também rebateu afirmações de que a Previdência estaria com problemas de caixa. “A saúde da Previdência vai muito bem, obrigado. Não tem essa história de que a Previdência está quebrada, que é o atraso da nação. A Previdência é um ótimo mecanismo de proteção social”, afirmou o ministro.
ENVIE PARA UM AMIGO