O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, afirmou nesta sexta-feira (6) que as medidas provisórias (MPs) que restringiram os benefícios trabalhistas ainda sofrerão alterações antes de entrarem em vigor e não vão afetar os direitos dos trabalhadores.
“A MP [667] vai sofrer ajustes e esses ajustes não vão causar nenhum prejuízo ao trabalhador. Qualquer mudança a ser feita será clara nos avanços, ela não vai subtrair direitos”, comentou Dias durante encontro promovido pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na capital paulista.
A minirreforma trabalhista, anunciada em janeiro por medidas provisórias, triplicou o tempo mínimo para pedir o seguro-desemprego, restringiu o acesso à pensão por morte de acordo com a idade e tempo de casamento e aumentou para 30 dias o prazo para requerer o auxílio-doença.
De acordo com Dias, o objetivo é levar ao Congresso Nacional, onde a MP ainda depende de aprovação, propostas que respondam aos interesses dos trabalhadores. Centrais sindicais reunidas no evento criticaram pontos da medida, alegando que elas prejudicam o assalariado.
Em resposta, o ministro ponderou, afirmando que vai levar os pontos críticos para discussão no Congresso, a fim de tranquilizar os representantes dos sindicatos. “A [presidente] Dilma não vai impor nenhuma regra, muito menos se representar um retrocesso nos direitos dos trabalhadores”, disse.