Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Índice de Preços ao Produtor fica em 0,15% em maio, diz IBGE

30.06.2015
10:23
FONTE: G1

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A inflação ao produtor desacelerou de 0,34% em abril para 0,15% em maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo mês de 2014, os preços caíram 0,26%. No ano, o indicador acumula alta de 2,65%. No acumulado nos últimos 12 meses, o índice é de 6,1%.

“Nesses últimos doze meses, o quem tem segurando bastante são os alimentos, que tem tido taxas altíssimas. Dessas taxas, a que eu faria destaque é essa anual de 6,1% em maio, que é a maior taxa desde maio de 2014, quando tinha sido 6,56%”, ressaltou o gerente do Índice de Preços ao Produtor do IBGE, Alexandre Brandão.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos "na porta de fábrica", sem impostos e fretes, de 23 setores das indústrias de transformação.

“Se fosse destacar [os maiores impactos da desaceleração de maio], eu destacaria o caso de alimentos. A oferta mundial de soja contribuiu bastante para que os preços tivessem queda. E para o lado da química, o fato desses produtos, os preços do custo da química não terem elevado os preços. No mês passado, outros produtos químicos encabeçaram os aumentos dos preços”, explicou Alexandre Brandão.

Em maio, na comparação contra o mês anterior, 17 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, com destaque para equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,8%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (2,04%), bebidas (1,84%) e têxtil (1,56%).

“Nós temos setores, como perfumaria, sabões e produtos de limpeza, que dificilmente aparece como destaque [como aconteceu no mês de maio, com alta de 2,04%]. Explicação não tem, a não ser movimento de mercado. Não tem uma causa tão clara que justifique”, afirmou o gerente. "Bebida também tem efeito câmbio, que é importante", completou.

Em termos de influência, na comparação mensal, sobressaíram alimentos (-0,12 p.p.), veículos automotores (0,09 p.p.), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,07 p.p.) e bebidas (0,06 p.p.).

“Quem tem impacto mesmo nesse índice são alimentos, bebidas, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos - por conta de preços de celulares, tem impacto negativo grande. Foi o mês do Dia das Mães, pode ser que tenha sido promoção para aquecer as vendas - e veículos automotores”, concluiu.

Em maio, os preços do setor de alimentos recuaram 0,63% em relação a abril, exercendo o maior impacto negativo no resultado global. Os produtos em destaque, em termos de influência, na comparação com o mês anterior, foram "resíduos da extração de soja", "carnes e miudezas de aves congeladas" e "óleo de soja refinado".

"O grande chamariz veio por alimentos por causa da soja. Efeito maior de soja que faz os preços caírem. Foi maior do que o próprio câmbio. Então, o efeito de doze meses é uma queda de preço. E soja está em um momento de uma oferta bastante expressiva no mercado internacional e os preços acabam caindo" explicou o especialista.

No ano, as maiores variações partiram de outros equipamentos de transporte (12,60%), fumo (11,45%), madeira (9,40%) e papel e celulose (8,29%). Os setores de maior influência foram veículos automotores (0,40 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,34 p.p.), outros produtos químicos (0,32 p.p.) e papel e celulose (0,29 p.p.).

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