Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Índios aprendem a operar máquinas em Campo Novo do Parecis (MT)

13.07.2014
05:24
FONTE: G1 MT

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No Oeste do estado, o projeto “Agricultura mecanizada” que ensina índios a operarem máquinas e equipamentos agrícolas é desenvolvido há dez anos nas reservas Pareci e Utiariti por iniciativa de quatro associações indígenas. O projeto tem ainda o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e beneficia cerca de três mil índios.

Desde então, a venda da safra é feita amparada por um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público Federal. A renda gerada é usada para a compra de equipamento e contratação de pessoal para o trabalho nas lavouras. As máquinas modernas são compradas com recursos do projeto e exigem operadores capacitados que fazem um treinamento de uma semana.

São cultivadas as culturas de arroz, feijão, soja e milho e os índios que trabalham na lavoura podem contar com uma renda, paga pelas associações, que varia de um a três salários mínimos.

Foram investidos 48 mil reais em um curso para capacitar os indígenas. Um grupo de 50 parecis e manokis aprendeu nesta safra a pilotar plantadeira, colheitadeira e pulverizador.

O coordenador do projeto, Arnaldo Zunizakae, conta que a legislação é uma das coisas que proíbe a agricultura na terra indígena desenvolvida por terceiros. Pensando nisso, o projeto busca a independência dos indígenas das duas reservas, para que tenham condições de desenvolver a agricultura.

A organização de uma cooperativa, que dá o poder de comercializar a produção, é outra proposta que conta com o apoio da Funai, para legalizar de vez o projeto. “Estamos buscando licenciamento dessas áreas para que possamos produzir e comercializar nosso produto, dar uma origem pra esse produto que está sendo desenvolvido aqui dentro das reservas”, diz o coordenador.

Com acompanhamento da Funai, o projeto vem dentro de um planejamento para que possa trazer a satisfação das comunidades indígenas, melhorando a sua alimentação, geração de trabalho, a renda. “Ele também entra na questão da habitação dentro das comunidades indígenas e até mesmo saneamento básico. Tem uma diversidade de benefícios sociais que acabam afetando de uma forma positiva nossas aldeias", diz Genilson Kezomae, coordenador de administração da Associação Waymare.

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