O índice de evolução da atividade da construção civil caiu de 43 pontos em novembro para 39,4 pontos em dezembro do ano passado, informou nesta quarta-feira (28) a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em levantamento com 561 empresas do setor entre 5 e 15 de janeiro.
O patamar de dezembro foi o menor da série histórica, que tem início em dezembro de 2009. O indicador varia no intervalo de zero a 100 pontos. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda do nível de atividade.
Segundo a entidade, o indicador de evolução da atividade, em relação ao usual para o mês, alcançou 38,2 pontos em dezembro do ano passado. Este também foi o nível mais baixo da série histórica. A utilização média da capacidade de operação (nível de uso do parque industrial) caiu para 63% em dezembro do ano passado, o menor desde janeiro de 2012, quando a série histórica foi iniciada.
Expectativas
"Diante das dificuldades enfrentadas em 2014, as expectativas da indústria da construção para o primeiro semestres deste ano são pouco animadoras", acrescentou a CNI. De acordo com a entidade, o índice de intenção de investimento no setor caiu para 40,8 pontos em janeiro - 15,1 pontos inferior ao do mesmo mês do ano passado e 0,7 ponto menor que o de dezembro.
Além disso, informou a CNI, todos os indicadores de expectativas de evolução do nível de atividade, de novos empreendimentos e serviços, da compra de insumos e matérias-primas e de número de empregados ficaram abaixo dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. Com isso, espera-se a queda no nível de atividade, nos novos empreendimentos e serviços, na compra de insumos e matérias-primas e no número de empregados neste semestre, acrescentou.
"O índice de número de empregados também aponta para o agravamento da atividade na construção, já que em dezembro as demissões, que têm superado as admissões há vários meses, foram mais intensas", diz a entidade. O indicador de número de empregados em dezembro em 2014 foi de 39,5 pontos. Os valores da sondagem variam de zero a cem pontos. Abaixo de 50 indicam queda.
Principais dificuldades
A pesquisa mostra ainda que a elevada carga tributária, com 46,8% das assinalações, e a falta de demanda, com 39,3% das menções, lideram a lista dos obstáculos enfrentados no último trimestre de 2014. A inadimplência dos clientes ganhou destaque entre os principais problemas enfrentados pelas empresas do setor, informou a CNI. As menções ao problema do atraso dos pagamentos, que é o sexto do ranking, aumentaram de 19,4% no terceiro trimestre para 25,5% no quarto trimestre de 2014.
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