Mato Grosso, 18 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

No ES, enchente de 2013 ainda reflete na produção e qualidade do mamão

28.02.2014
09:34
FONTE: Globo Rural

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

Produtores de mamão do Espírito Santo ainda sentem os efeitos da enchente que atingiu o estado em dezembro. Nem mesmo o dinheiro gasto na recuperação das lavouras evitou a quebra da safra.

Foi um começo de ano difícil para o agricultor Bruno Pessoti. Dono de uma área de mamão em Linhares, no norte do Espírito Santo, ele viu a lavoura sofrer com a enchente que atingiu o estado no final de dezembro e passou janeiro reestruturando a propriedade.

Os gastos para ajeitar a casa somaram mais de R$ 100 mil, mesmo assim, ainda dá para sentir o reflexo da chuvarada nos 40 hectares de mamão.

No pomar de Paulo Brunelli, em Vila Valério, a situação é a mesma, 170 mil pés rendiam uma produção de 80 toneladas por semana, mas isso deve cair mais da metade agora. “Em um prazo de cinco meses vou ficar sem produção, em função das chuvas”, diz.

O mamão agora é vendido por R$ 0,80 o quilo, enquanto no ano passado valia R$ 1,15. A queda no preço tem a ver com a qualidade, que está menor.

O problema também preocupa o setor de exportação, segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex). Pelo menos, 60% das frutas que saem do país são das lavouras do Espírito Santo. Os principais importadores são os Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e Portugal e segundo a Brapex, o mercado externo é bem exigente. Como as plantações do estado ficaram prejudicadas por causa das chuvas do ano passado, a associação não está otimista com o futuro das exportações. "A demanda cresce ano a ano, só que agora temos que estudar como vamos tratar a questão da qualidade", explica Rodrigo Martins, presidente da Brapex.

De acordo com um levantamento, cerca de 1,3 mil hectares de mamão foram afetados pela enchente em todo Espírito Santo.

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO