Mato Grosso, 16 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Novas indústrias ajudam a segurar redução de vagas na construção civil

27.07.2015
10:50
FONTE: G1

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A instalação de novas indústrias na região de Campos Gerais, no Paraná, ajuda a frear a redução no número de vagas de trabalho na construção civil. Para imóveis residenciais, as oportunidades de emprego diminuíram consideravelmente – até pouco tempo a Agência do Trabalhador de Ponta Grossa ofertava diariamente cerca de 100 vagas para pedreiro. Agora, a quantidade varia de 30 a 40.

Já para as construções industriais há demanda crescente. Além disso, de acordo com o gerente da Agência do Trabalhador, Victor Hugo de Oliveira, a cidade está "exportando" mão-de-obra para cidades próximas que também estão com projetos industriais.

O setor imobiliário avalia que dois fatores são determinantes para este quadro.  A liberação de crédito e as incertezas econômicas.

“Primeiro a redução no crédito, que faz com que os cadastros exijam mais coisas, mais tempo de trabalho, melhores rendas e isso está limitando o cliente. A outra é aquele medo que as pessoas estão passando neste momento sobre a hora de investir em um imóvel”, afirmou Edilson Roth, dono de uma imobiliária na cidade.

Ainda não se fala em crise no setor, já que o saldo entre contratados e demitidos continua positivo. Todavia, na prática percebe-se a queda no número de vagas. Em um empreendimento da cidade, por exemplo, antes eram 130 funcionários, agora são 60. A empresa também cortou as horas-extras.

“Para não reduzir a jornada de trabalho durante a semana, a gente tem que ficar replanejando para poder dar o fluxo que a obra vai precisar e replanejando para chegar ao prazo e não deixar esses contratos”, avaliou Gederson Paraíso, que é técnico em edificações.

Houve uma diminuição no quadro de funcionários natural, já que a construção entrou em fase final. A intenção, porém, era encaminhar os trabalhadores para uma obra similar em outro bairro da cidade. O plano precisou ser adiado.

Explicação do economista

De acordo com o economista Emerson Hilgemberg, essa retração da construção civil para imóveis residenciais pode ser explicada também pelas mudanças nas taxas de juros vigentes no país que implicam prestação maior para quem quer comprar um imóvel.

Ele cita ainda a cautela das instituições financeiras na hora de liberar crédito e o aumento do valor de entrada. Esses dois fatores, conforme o economista, estão atrelados às condições financeiras do país.

“De um lado, as pessoas estão comprometendo uma parcela maior do orçamento com despesas do dia a dia como alimentação, energia elétrica e combustíveis. De outro lado, a prestação a casa fica mais cara à medida que os juros subiram. Então, a saída é tentar planejar melhor e tentar negociar”, disse Hilgemberg.

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