Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

País tem ingresso de US$ 6,5 bilhões em abril, maior valor em um ano

04.05.2016
15:40
FONTE: G1

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O ingresso de dólares no Brasil superou a saída em US$ 6,5 bilhões em abril, informou nesta quarta-feira (4) o Banco Central. Com isso, os dólares voltaram a fluir para a ecomomia brasileira após dois meses de retiradas motivadas pela crise e pelo rebaixamento da nota de crédito do país.

Esse também foi o maior ingresso mensal de recursos desde abril do ano passado, quando US$ 13,1 bilhões entraram na economia brasileira, ainda segundo números da autoridade monetária.

Entretanto, no acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, US$ 3,84 bilhões deixaram a economia brasileira. No mesmo período de 2015, houve ingresso de US$ 17,87 bilhões no país.

Impacto no dólar

A entrada de dólares em abril favoreceria, em tese, a desvalorização da moeda. Isso porque, com mais dólares no mercado, seu preço tenderia a cair. No mês passado, de fato, o dólar registrou queda.

No fim de março, estava cotado em R$ 3,59 e, no fechamento de abril, foi cotado a R$ 3,44 - uma queda de 4,34% no último mês.

Veja a cotação do dólar

Além do fluxo de recursos, outros fatores também influenciam a cotação do dólar no Brasil. Os operadores têm dito que a tendência do dólar é de queda sobre o real por conta do cenário político, diante do iminente afastamento da presidente Dilma Rousseff na próxima semana, pelo Senado.

Se concretizado, o vice Michel Temer assume o comando do país. Ele já deixou claro que o ex-presidente do BC Henrique Meirelles, nome que agrada o mercado, será seu ministro da Fazenda.

Na véspera, Temer disse em entrevista que, caso assuma a Presidência, pretende apresentar de imediato medidas econômicas que tenham um impacto positivo para o país.

No exterior, no entanto, prevalecia o tom de cautela, com receios sobre o crescimento global na esteira de dados recentes na China e na Europa. Desta forma, o dólar ganhava força em relação a uma cesta de moedas, assim como a moedas de países emergentes como México.

Pesquisa Reuters mostrou que o dólar não deve voltar a bater recordes contra moedas de países emergentes neste ano, inclusive no Brasil, após a forte queda dos primeiros meses de 2016 em meio a dúvidas sobre o aumento dos juros nos Estados Unidos.

Intervenção do BC

Outro fator que influencia a cotação do dólar são as operações de swaps cambiais (que funcionam como uma venda futura de dólares), ou de "swaps reversos" - que funcionam como uma compra de dólares no mercado futuro.

Com estas operações, a autoridade monetária impede uma alta maior do dólar no mercado à vista e oferece garantia (hedge) às empresas contra a valorização do moeda, ou atua para conter uma queda mais forte.

Após as recentes valorizações, que levaram o dólar a fechar no patamar de R$ 3,57 nesta terça-feira (3), o BC não anunciou novo leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólar.

A percepção de muitos operadores é que o Banco Central não quer o dólar abaixo de R$ 3,50 para não prejudicar as exportações brasileiras e estaria confortável com o atual nível. Por isso, atuou com força no final da semana passada e início desta, após o dólar fechar abaixo de R$ 3,45.

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