O Paraná ultrapassou o Rio Grande do Sul e se tornou a quarta maior economia entre os estados brasileiros em 2013, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquele ano, o Produto Interno Bruto (PIB) paranaense chegou a R$ 332,84 bilhões, enquanto o gaúcho foi a R$ 331,1 bilhões).
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais se mantiveram nas três primeiras posições, com PIBs de R$ 1,71 trilhão, R$ 626,32 bilhões e R$ 486,96 bilhões, respectivamente.
A distância entre o "líder" do ranking e os demais, no entanto, está diminuindo. De 2010 a 2013, a participação de São Paulo no PIB nacional caiu de 33,3% para 32,1%. Já o Paraná foi o estado que mais ganhou participação no PIB nacional, passando de 5,8% para 6,3%.
“Você tem crescimento da indústria extrativa. O preço do minério de ferro está um pouco declinante, mas está alto. Começa a despencar em 2014. O petróleo a mesma coisa. Os estados com essas atividades não crescem, mas ganham participação por causa do preço”, diz Frederico Cunha, da coordenação de Contas Nacionais do IBGE. “Você tem uma queda no volume, mas o preço compensa essa queda no valor. O valor é composto por quantidade e preço”.
No período, todos os estados da região sudeste tiveram crescimento abaixo da média nacional, de 9,1%. Em sentido oposto, a região norte (13,6%) teve crescimento acima da média em todos os estados. Nordeste (10,3%), sul (10,1 %) e centro-oeste (13,6%) também cresceram acima do PIB brasileiro. O estado que mais cresceu foi Mato Grosso (21,9%), seguido do Amapá (18,3%%) e Amazonas (17,3%).
Entre os estados, o pior resultado foi registrado pelo Rio de Janeiro, com crescimento de 5,9%. Já o Mato Grosso teve a maior expansão de seu PIB no período, de 21,9%, seguido do Amapá (18,3%%) e Amazonas (17,3%). Em São Paulo, o crescimentoi foi de 8,3%.
"Os estados do sul tiveram um ano fantástico em 2013. Foi a grande recuperação da agropecuária principalmente no Rio Grande do Sul. A agricultura cresceu 70% no estado. Na parte de grãos principalmente", diz Cunha." Mas foi bom para o Paraná também, mas se espalhou mais. O Paraná é o maior gerador de energia elétrica. E esse boom se espalhou para todas as atividades, também na energia”.
“No caso do Rio Grande do Sul ele fica muito parecido com o Paraná. A estrutura econômica fica muito parecida. Mas o Paraná passa o Rio Grande do Sul pela agropecuária, indústria de transformação e, principalmente, produção de energia elétrica”, explicou.
Concentração
Em 2013, os estados com os cinco maiores PIBs concentravam 65,6% da economia nacional: São Paulo (32,1%), Rio de Janeiro (11,8%), Minas Gerais (9,2%), Paraná (6,3%) e Rio Grande do Sul (6,2%).
Os outros 22 estados participaram com 34,4% no PIB brasileiro em 2013, aumento de 0,3 ponto percentual em relação a 2010. O estado que mais ganhou participação em relação a 2010 foi o Paraná (0,5 p.p.), seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará e Mato Grosso, todos com 0,2 p.p.
Além de São Paulo (-1,2 p.p.), que perde participação a cada ano desde 2010, acompanhando a perda de participação da indústria de transformação, (de 15% em 2010 para 12,3% em 2013). Distrito Federal (-0,4 p.p.) e Bahia (-0,2 p.p.) perderam representatividade no PIB nacional.
PIB per capita
Os dados do IBGE mostram que o PIB per capita – que mostra o PIB dividido pelo número de habitantes – foi 2,4 vezes maior no Distrito Federal (de R$ 62.859) que na média nacional (de 26.446).
Já os menores PIBs per capita são os do Maranhão (R$ 9.948,47) e Piauí (R$ 9.811,04), estados que vêm diminuindo as distâncias em relação ao PIB per capita brasileiro.
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