Pequenos agricultores de municípios próximos a Brasília se integraram a um Clube de Produtores. Com isso, eles conseguiram fechar uma parceria com uma rede de supermercados, os negócios aumentaram e a renda melhorou.
O município de Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, está bem próximo a Brasília, a apenas 49 quilômetros. É de lá, da área rural que Terezinha Maria de Araújo tira o sustento da família.
Na pequena chácara, ela tem um pomar. Todas as frutas são usadas na produção de doces.
Há dois anos, Terezinha montou uma cozinha industrial, maior e mais moderna, e ganhou ajuda da irmã e da filha. Na pequena agroindústria são fabricados 20 tipos de doces, geleias e licor, tudo feito artesanalmente.
Agora, 23 anos depois de muito esforço, Terezinha conquistou espaço em uma grande rede de supermercados para vender toda a produção e assim, a história de uma vida dedicada aos doces começou a mudar.
“A primeira vez que eu fui à loja para ver meu produto lá, sinceramente, eu engasguei, eu enchi os olhos de lágrimas. Foi emocionante. A gente sabe o que passa no começo. É como se parisse um filho e o visse pela primeira vez", conta.
A emoção é traduzida em potes de doce de leite, goiaba e um licor em especial, que tem feito muito sucesso, o de pimenta.
Ao todo, 160 pequenos agricultores do Centro-Oeste participam do Clube dos Produtores. Um espaço reservado só para os produtos da agricultura familiar, hoje é responsável por 17% das vendas do setor de hortifruti de uma grande rede de supermercados.
"São 550 lojas sendo abastecidas com produtos locais ou da agricultura familiar. É renda no campo e melhor preço para o consumidor”, diz Arilton Sousa, gerente de relações institucionais.
Nas gôndolas: verduras e legumes fresquinhos. “Aquela coisa caseira, o próprio dono colhe e traz para o mercado. A qualidade é outra”, afirma a professora Kátia Garcia.
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