Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Parlamento alemão aprova extensão de resgate grego

27.02.2015
10:59
FONTE: G1

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  • Deputados alemães votam a favor da extensão do pacote de resgate financeiro no Bundestag, em Berlim, nesta sexta-feira
O Parlamento da Alemanha aprovou a extensão do resgate da Grécia nesta sexta-feira (27). Com 542 parlamentares votando a favor, incluindo quase todos da coalizão da chanceler Angela Merkel mais o Partido Verde, de oposição, a proposta obteve a maioria.

A votação na Bundestag era o único grande obstáculo parlamentar para uma extensão de quatro meses ao programa de resgate para o país mais endividado no bloco de moeda única.

O ministro de Finanças Wolfgang Schaeuble havia pedido ao Parlamento, mais cedo, que tomasse uma decisão que ele reconheceu ser difícil, aprovando a extensão do resgate grego.

O ministro pediu à câmara baixa do Parlamento senso de responsabilidade para a Europa.

"Nós alemães deveríamos fazer tudo para manter a Europa unida o máximo que pudermos e mantê-la unida de novo e de novo", disse Schaeuble antes da votação.

Falando sobre os receios públicos na Alemanha sobre dar mais concessões à Grécia, Schaeuble afirmou que nenhuma nova ajuda financeira está em jogo.

"Não estamos falando sobre novos bilhões para a Grécia, não estamos falando sobre qualquer mudança a esse programa-- em vez disso, trata-se de fornecer tempo extra para encerrar com sucesso esse programa", disse ele, acrescentando que solidariedade entre membros do bloco de moeda única "não significa que você pode chantagear um ao outro".

ENTENDA

O novo governo da Grécia cedeu ainda mais aos credores da zona do euro em seus planos de suspender privatizações, aumentar benefícios sociais e elevar o salário mínimo, levando os mercados se reanimarem diante da perspectiva de uma prorrogação de quatro meses do programa de resgate financeiro do país.

Uma carta enviada ao presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, na segunda-feira (23) à noite estabeleceu em termos gerais as medidas que o governo grego pretende implementar até julho. Ele dá garantias de que não vai se desviar das metas fiscais ou recuar em reformas anteriores.

Afundada em uma dívida de 185% de seu PIB em 2014, que cresce desde a crise mundial de 2009, a Grécia elegeu este ano um governo que pensava em abandonar as duras medidas de austeridade (cortes de gastos) impostas por um acordo de resgate com a União Europeia e o FMI para pagar sua dívida externa.

Fundamentalmente, o governo promete agora não reverter as privatizações em andamento ou concluídas e garante que a luta contra o que o governo chama de crise humanitária do país "não tem efeitos fiscais negativos".

O documento de seis páginas com uma nota do ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, na capa, contém poucas cifras, mas promete melhorar a arrecadação de impostos, combater a corrupção e "revisar e controlar as despesas em todas as áreas de gastos do governo".

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