A região Sul possui a maior participação de energias renováveis na matriz de geração elétrica, de 92% em 2015 – índice maior que o nacional, 74%. O Centro-Oeste ocupa o segundo lugar (87%); seguido pelo Norte (86%); Nordeste (56%); e Sudeste (55%).
A participação de 87% de hidráulica na geração total da região Sul é também a maior entre as regiões. Os dados foram divulgados no boletim
Matrizes Elétricas Estaduais – ano de referência 2015 da Secretária de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME).
Comércio
Com relação ao comércio externo de energia elétrica, o Sudeste e o Nordeste tiveram déficits em relação às necessidades totais, de 48% e 11%, respectivamente. Já a região Norte apresentou superávit de 85%, a Sul de 73% e a Centro-Oeste, de 43%.
O Norte mostrou a maior proporção da indústria no consumo final de energia elétrica, de 48%, em razão, principalmente, da presença da indústria de alumínio, alumina e de outros não ferrosos no estado do Pará. O Centro-Oeste se destaca pela maior presença do setor de serviços, com 31%, com forte influência do indicador de 53% no Distrito Federal.
No período de 2000 a 2015, os estados com superávit de energia elétrica passaram de seis para 15, mostrando uma matriz elétrica mais diversificada e uma malha de transmissão mais robusta, capaz de promover o intercâmbio entre as regiões sem comprometimento do suprimento.
No mesmo período, o Nordeste brasileiro mostrou a maior taxa média de crescimento ao ano no consumo de energia elétrica per capita residencial, de 3,3%. A região Sudeste ficou com a menor no mesmo quesito (0,6%).
A exemplo do que ocorre no mundo, as regiões menos desenvolvidas tendem a uma maior expansão de bens de consumo, e as mais desenvolvidas a uma maior reposição, resultando na diferença entre os indicadores.
O boletim
Matrizes Elétricas Estaduais apresenta dados sobre as matrizes elétricas de insumos, de geração, de demanda total, de comércio externo, de consumo final setorial e de perdas, para as cinco regiões, além de indicadores de consumo per capita, de ranking e de taxas de crescimento entre 2000 e 2015.