Mato Grosso, 16 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Perspectivas para o cooperativismo de crédito

02.07.2015
15:47
FONTE: Assessoria

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O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, foi o convidado da segunda edição do Diálogos do Cooperativismo, realizada no dia 30 de junho, na Fundação Sicredi, em Porto Alegre. Trata-se de uma iniciativa do Programa Crescer para engajar os colaboradores e coordenadores de núcleo da instituição à cultura cooperativa. 

Márcio Lopes foi recebido pelo CEO do Banco Cooperativo, da Confederação e da Fundação Sicredi, Edson Georges Nassar, e falou para os colaboradores da instituição sobre as “Perspectivas para o cooperativismo de crédito”.  

Na palestra, Márcio Lopes destacou o cenário atual do cooperativismo de crédito, o papel do Sistema OCB e o futuro do segmento. De acordo com dados de 2014, o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) é formado por cinco confederações, 37 centrais, 1.106 cooperativas singulares, dois bancos cooperativos, 5.333 pontos de atendimento e 7,5 milhões de associados. 

Os expressivos percentuais de crescimento do SNCC foram enfatizados pelo presidente do Sistema OCB. Entre 2006 e 2014, o número de associados cresceu 171%, totalizando 7,5 milhões. Os ativos aumentaram em 590%, totalizando 143 bilhões, e o patrimônio líquido cresceu 418%, registrando R$ 25,9 bilhões. O número de pontos de atendimento ampliou em 33%.

Segundo Márcio Lopes, a regulação contribuiu para este cenário e citou a Lei Geral do Cooperativismo (Lei 5.764/1971) e a Resolução do Conselho Monetário Nacional (Resolução CMN º 4.284/13), que aprovou o Estatuto e o Regulamento do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). 

Como desafios para o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, Márcio Lopes apontou o adequado tratamento tributário ao Ato Cooperativo (PL 271/05), demonstrando em que momento incide a legislação tributária brasileira em suas operações. Outro ponto levantado é o acesso aos recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento (PL 409/11) para assegurar o repasse de recursos dos bancos administradores dos fundos constitucionais para os bancos cooperativos e para as confederações cooperativas de crédito, com percentual equivalente à participação nos ativos de crédito do sistema financeiro nacional nas correspondentes áreas de atuação. A possibilidade de operar com entes públicos municipais (PLP 100/09) permitirá que as cooperativas de crédito possam realizar operações financeiras (captar depósitos e conceder crédito) com os entes públicos municipais, seus órgãos e entidades controladas.

Márcio Lopes apontou ainda como desafios a integração da rede de autoatendimento para maximizar a exposição e a visibilidade do cooperativismo de crédito, a atuação sistêmica, bem como a sua integração ao Sistema Financeiro Nacional. A iniciativa beneficiaria toda base de associados que contariam com uma rede que cobre todo o território nacional, ampliando a relevância do cooperativismo de crédito no sistema financeiro. 

O futuro do cooperativismo foi apontado como promissor. Apesar da participação de 2,7% no Sistema Financeiro Nacional - enquanto no Canadá e na Holanda este índice é de 40%, na França é 43%, na Alemanha é 30% e no Japão é de 10% -  Márcio Lopes usou uma citação de Edson Georges Nassar para reforçar que “as cooperativas devem trabalhar para conquistar um mercado com potencial de crescimento de 97%”. Entre as iniciativas, o presidente citou a adoção de boas práticas identificadas nos modelos de sucesso nacionais e internacionais, a qualificação permanente dos colaboradores, o foco para a entrada nos centros urbanos, a atuação com as pequenas e médias empresas e o planejamento estratégico.

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