Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Economia / Agronegócio

Pesquisadores do Brasil e dos EUA se reúnem para traçar o futuro da pecuária

02.09.2015
08:35
FONTE: Assessoria

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A pecuária mundial e o Brasil como celeiro de oportunidades em prestação de serviços e pesquisas nesta área foi o tema central dos trabalhos realizados durante a 1ª Reunião do Conselho Técnica Nutripura, que trouxe para Rondonópolis pesquisadores da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), da Universidade Federal de Goiás e da Universidade do Kansas (EUA). Ao longo de uma semana foram realizados treinamentos e discussões sobre o futuro da pecuária.

Segundo o diretor da Esalq, professor Luiz Gustavo Nussio, o encontro serviu para discutir a consolidação de uma nova estratégia de atuação da empresa que vai levar, entre outras questões, ao avanço da prestação de serviços no Brasil. “A união de várias pessoas com vasta experiência na área de pesquisa agropecuária vai dar a chance de criar uma estratégia de investimento com olhar além do comercial. É a chance interagir com o cliente, um diferencial, pois o produto assume postura secundária. Eles se interessam com o sistema de produção, se solidarizam com as necessidades desse público e oferecem serviços que de uma forma geral acaba atendendo as expectativas dessa propriedade com mais que apenas um bem de consumo”, afirmou Nussio.

Para ele, o Brasil na área agropecuária começa a trilhar caminhos que já são bem estabelecidos no cenário internacional em que as empresas deixam o plano exclusivamente comercial e partem para um plano de prestação de serviço mais amplo. “No conjunto da obra, a prestação de serviço significa interessar-se pelas necessidades mais emergenciais, o produto cumpre apenas uma das funções. Essa é uma percepção que tem um valor muito alto dentro do mercado. O índice do sucesso nesse tipo de abordagem é muito grande. É uma estratégia de ação e dessa forma se alinha a um perfil internacional no âmbito da prestação de serviço. Dentro do mercado brasileiro isso é um diferencial”, reforçou.

Nussio faz parte do Conselho Técnico Nutripura que pela primeira vez se reuniu em Rondonópolis. Além do diretor da Esalq também formam o Conselho os pesquisadores Moacyr Corsi (ESALQ), Marco Antonio Penati (ESALQ), Reginaldo Nassar Ferreira (Universidade Federal Goiás), Juliano José de Resende Fernandes (Universidade Federal de Goiás), Flávio Augusto Portela Santos (ESALQ) e americano James Drouillard (Kansas State University).

Para o professor Flávio Augusto, essa formação é importante para que haja orientação segura na condução dos trabalhos na área de pesquisa e de formação de recursos humanos. “O Conselho vai permitir que a gente gere informação específica para as condições locais, com ingredientes específicos que existem aqui. Vamos estar gerando informação direta para os clientes da empresa, estaremos treinando pessoal de confinamentos, mão-de-obra, enfim toda a cadeia produtiva vai ter acesso aos dados, resultados com pesquisadores aqui do país e de fora também. Um trabalho que visa contribuir com a melhoria da eficiência produtiva”, afirmou o professor.

O professor doutor americano James Drouillard considerou a formação do Conselho Técnico de extrema importância já que reúne grandes nomes da pesquisa para melhorar todas as áreas cadeia produtiva. “No Brasil e até mesmo na América do Norte - onde temos uma indústria muito grande de tratamento de gado, de pecuária -, não há muitas companhias que fazem esse tipo de investimento, em tentar identificar oportunidades e criar soluções. A minha expectativa e que saíamos dessa experiência com uma compreensão clara de quais são as oportunidades e, em seguida, identificar maneiras criativas de tirar proveito para o benefício financeiro dos clientes da empresa. Eu penso que é muito perspicaz por parte da empresa e um ótimo passo na direção certa em termos de tentar identificar maneiras de melhorar o sistema de produção”, disse Drouillard, que atua há mais de 30 anos na área de confinamento.

Durante visitas a confinamentos na região sul de Mato Grosso, Drouillard apontou que tanto no pasto quanto no confinamento há instalações suficientes para poder replicar diferentes tratamentos e obter bons resultados. “Eu viajo pelo mundo todo, visito muitas universidades, muitas companhias privadas. Não há muitas instalações que podem comparar com o que a está montando aqui. O programa de pesquisa de confinamento e de pasto é muito impressionante, as instalações são muito bem feitas. Elas estão em uma escala que de alguma forma irá mudar o sistema de produção. Eu penso que a Nutripura fez um investimento apropriado, instalações perto de um sistema de produção em larga escala”, afirmou o pesquisador.

De acordo com o diretor da empresa, Roberto Aguiar, a semana técnica foi extremamente satisfatória, pois ampliou as discussões sobre o tema que há anos a empresa vem atuando e buscando aprimorar. “Os pesquisadores e consultores vão nos apoiar e nos ajudar a escrever o futuro não só da empresa, mas da pecuária mundial. Nossa meta agora é colocar em prática tudo o que foi debatido durante estes dias”, reforçou. 

De acordo com o pesquisador Moacyr Corsi, o objetivo de todo grupo é gerar informação. “E como se trata de um grupo multidisciplinar vamos passar por todos os processos: pastagem, suplementação, confinamento e as nuances dentro dessas áreas. Com essa multidisciplinaridade teremos muitas informações que vão ser úteis e que vão ajudar na rentabilidade igual ou maior que a agricultura, e com isso ganhamos sustentabilidade na pecuária. Se pudermos fazer projeção do que vai acontecer em 5 a 10 anos vamos estar alinhados as pesquisas do mundo”, afirmou Corsi.  

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