A Fundação Rio Verde (FRV), localizada em Lucas do Rio Verde (MT), dispõe de mecanismos que geram, por meio de suas pesquisas, testes e avaliações, informação confiável ao produtor rural. A instituição monitora desde o clima até o uso de máquinas e implementos agrícolas.
A estação meteorológica, criada em 2003, registra todas as informações climáticas (chuva, vento, umidade, temperatura de solo) a cada 15 minutos. Com o uso do equipamento é possível repassar aos produtores informações importantes, como a época propícia para o surgimento da ferrugem asiática ou outro fungo e até mesmo se o período é bom para trabalhar com a soja, por exemplo. Segundo o diretor da Fundação, Rodrigo Pasqualli, o método é totalmente seguro.
“A qualidade dos resultados apresentados nos proporcionam essa segurança”, afirma o pesquisador.
Preocupada com o manejo do solo, a instituição também testa com frequência equipamentos e máquinas agrícolas lançados no mercado e que são utilizados na agricultura.
“Tratores, plantadeiras, subsoladores e colheitadeiras que chegam até a Fundação são testados e adaptados para a melhor utilização do produto em relação à realidade que Lucas do Rio Verde e região enfrentam”, acrescentou Pasqualli.
Análises de produtos como defensivos agrícolas e agrotóxicos também são feitas. Por ser credenciada junto ao Ministério da Agricultura para emitir laudos oficiais, a Fundação valida produtos desenvolvidos ou sintetizados em outros locais ou até mesmo em outros países, adaptando-os para o que a região necessita.
“O produto pode ser pesquisado, trabalhado e adaptado para nossa realidade. Temos esse papel de ajudar na busca e na solução e com isso fazer com que o produtor o utilize com maior segurança e qualidade, sabendo que o mesmo vai funcionar naquele problema ou naquela dificuldade que ele vinha encontrando”, explicou o diretor da FRV.
Após os testes e analises e do resultado final, todas as informações técnicas descobertas e desenvolvidas pela Fundação são de domínio público e o produtor pode ter acesso para aplicar em sua propriedade. A instituição exerce papel social, não gera custo ao produtor e visa somente o benefício.
“Tem casos de pessoas que vão até a propriedade vender produtos e o produtor acaba perguntando se o mesmo foi testado pela Fundação. Acreditamos que esse tipo de reação por parte do agricultor é um indicador que reforça a credibilidade e confiança na instituição”, completou Pasqualli.
O objetivo da FRV é expandir sua área de atuação para toda região Norte e médio Norte de Mato Grosso. Experimentos estão sendo feitos desde Diamantino até Sinop.
“Temos experimentos em alguns municípios, pois precisamos saber o que acontece em cada lugar. É preciso conhecer a produtividade de cada local para ter um apanhado geral da região”, observou o diretor da Fundação.