Qualificação de mão de obra, assim como na maioria dos setores do agronegócio, também é um gargalo da cadeia produtiva da piscicultura. Com o objetivo de contribuir para a profissionalização do setor, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) oferece cinco treinamentos específicos para esta cadeia. Além disso, também tem diversos outros que podem ajudar a capacitar o profissional que trabalha nesta área. Para 2015 já tem 190 ações programadas que devem capacitar cerca de 3 mil pessoas.
O primeiro Diagnóstico da Piscicultura feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a pedido da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) mostrou que boa parte, ou seja, quase 80% dos entrevistados não têm a prática de oferecer treinamento para os colaboradores. "Apesar deste número, a demanda de capacitação para a cadeia produtiva da piscicultura cresceu mais de 100% de 2014 para 2015 junto a instituição de ensino rural", explica o superintendente do Senar-MT, Tiago Mattosinho.
A analista de projetos Mariana Licursi acrescenta que a instituição qualifica profissionais para a cadeia produtiva da piscicultura desde 2006. Segundo ela, em 2011 foram capacitadas 917 pessoas. Em 2012 esse número passou para 1.288 e, em 2013, chegou a 1.591 pessoas. A expectativa é encerrar 2014 com cerca de 1600 pessoas qualificadas. Para 2015, a estimativa é chegar a 3 mil pessoas capacitadas.
A demanda por qualificação cresce em todo Mato Grosso. Com 72,75%, o curso de beneficiamento e conservação do pescado é o mais pedido para os sindicatos rurais que são os principais parceiros do Senar-MT. Além deste, a instituição também oferece construção de viveiros escavados, tanques-rede e monitoramento da água. Há ainda no portfólio oficinas de beneficiamento e conservação de pescado, piscicultura e Pronatec para Piscicultura.
Dos 116 municípios mato-grossenses, 10 formam a lista dos que mais demandam treinamentos para a cadeia produtiva da piscicultura. Dentre eles, Cáceres ocupa o primeiro lugar do ranking com 4,03% das demandas. Em segundo lugar está Cuiabá com 3,79% e, em terceiro lugar Santo Antonio do Leverger com 3.32%. Nesta lista também estão os municípios de Porto Estrela, Poconé, Comodoro, Barra do Garças, Nossa Senhora do Livramento, Tangará da Serra e Araputanga.
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