Mato Grosso, 10 de Maio de 2024
Economia / Agronegócio

Polícia investiga empresa de RH suspeita de estelionato em Campinas

12.02.2016
10:23
FONTE: G1

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A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar uma empresa que faz seleção e treinamento para qualificação profissional em Campinas (SP). Nesta quinta-feira (11), pelo menos seis vítimas registraram boletins de ocorrência contra a companhia, já que ela não teria cumprido a "promessa" de encaminhamento para oportunidades de trabalho.

Além disso, para participar do processo, cada interessado tinha que fazer um curso no valor de R$ 400. O caso será investigado como estelionato.

Depois de meses sem emprego, uma mulher, que não quer ser identificada, conta que recebeu uma oferta de emprego. A promessa da empresa de RH era de uma oportunidade para o candidato num prazo de três dias.

"Ele falava assim na entrevista, que você fazia o curso e em três dias já é encaminhada para a vaga de emprego", conta a vítima.

Promessas

A promessa, segundo a mulher, veio de uma empresa de recrutramento com nome, endereço e até carimbo de registro de CNPJ chamada Golden. Mas, para concorrer às oportunidades, era necessário pagar R$ 400.

"Disseram que era 100% de garantia se a gente fizesse o curso de que seria encaminhado", conta a vítima.

Uma outra mulher, que também não quer ser identificada, passou pela mesma situação. Ela fez o curso e recebeu certificado. Mas, quando foi procurar a empresa indicada pela recrutadora, descobriu que não havia vaga.

"Liguei lá e falou que não tinha vaga de controlador de acesso. Que não tinha nenhum vínculo com essa Golden. Era uma vaga falsa, porque eles não tinham conhecimento dessa Golden", conta.

Vagas não existiam

O dono de uma empresa prestadora de serviços, Eduardo Lippaus, afirma que recebeu algumas candidatas encaminhadas pela Golden e que as vagas não existiam.

"Algumas pessoas vieram aqui com encaminhamento e nós até nos assustamos porque algumas pessoas vinham pra cá pensando que teriam suas vagas garantidas e, na verdade, não é isso", explica.

Ele reconhece que chegou a fazer contato com a empresa de treinamento, mas nunca firmou uma parceria. "Não houve parceria, porque ao ler o contrato a gente observou que não estava de acordo com as informações. Pretendemos agora, à princípio, encaminhar essa minuta contratual para o nosso advogado para que ele possa verificar o conteúdo e para que ele nos indique as medidas cabíveis para tomar para preservação de direitos no futuro", destaca.

Investigação

O caso vai ser investigado como estelionato. De acordo com o delegado José Carlos Fernandes da Silva, do 1º Distrito Policial de Campinas, será verificado também se houve fraude.

"E se, efetivamente, houve uma propaganda enganosa, porque aí também caracteriza um crime contra o consumidor. Estamos também verificando se essa empresa funcionava legalmente, tem álvara de funcionamento, porque pode incorrer aí uma contravenção penal de exercício ilegal de atividade", ressalta.

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