Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

“É preciso recriar a atividade de Varejo”, ressalta Pastore

11.11.2013
14:54
FONTE: Assessoria

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“Nos próximos dez anos uma rede varejista da Turquia vai abrir 50 megalojas no Brasil”. Este exemplo, dado pelo presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, é a ponta do iceberg de um acelerado movimento de internacionalização no Setor de Comércio e que tende a tirar do mercado, ou comprometer seriamente a competitividade, de alguns micros, pequenos e médios varejistas brasileiros. “Precisamos profissionalizar nossas empresas – não existe mais espaço para amadores!”. 

A apresentação do presidente da CNDL integrou o cronograma de lançamento da Escola de Varejo, neste dia 8, na CDL Cuiabá. Pellizzaro mostrou a progressão do Comércio ao longo dos anos, pautando-se mais pela variedade de produtos no atual mercado, o impacto desta disponibilidade no consumo e como esta variedade pode ser ou não fator concorrencial – “Antigamente tínhamos três tipos de tênis: kichute, Conga e Bamba. Hoje temos uma loja em Nova Iorque que vende cerca de 150 tipos de tênis para corrida e caminhada. Antes tínhamos três tipos de bolacha no mercado, hoje uma infinidade de marcas e tipos de bolachas”. 

Ele listou também as mudanças na forma de relacionamento empresa-consumidor. E-commerce, as mídias sociais e aparelhos de comunicação móvel estão entre as ferramentas que estabelecem este parâmetro de transformação. 

Pedro Nadaf, secretário-chefe da Casa Civil, colocou fatores que trazem pontos de vista diferentes dos usuais. Ele começou dizendo que “quem emprega não é a empresa, é o mercado”. Existindo um círculo virtuoso de perspectiva de vendas, ao se efetivar estas vendas aumenta-se a demanda; é requerido o crescimento da empresa, depois a contração de mais pessoas e a ampliação do estoque. 

Nadaf acredita que nunca acabará a loja virtual, mas este mercado será crescente, muito maior em poucos anos. “As pessoas se habituam a compram pela Internet – hoje você compra flores, presentes, faz compras para casa, encomenda um carro pela Internet”, diz, anunciando o aroma que poderá ser sentido pelo computador. “Nossa tecnologia foi além dos filmes de 30 e 40 anos atrás, só não conquistamos o espaço sideral, ainda!”. 

Mesa Redonda – Ricardo Pastore, o coordenador e professor do Núcleo de Estudos e Negócios de Varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), palestrou sobre o tema “As novas tendências para um varejo em expansão”. 

O assunto foi desdobrado com os painelistas Roque Pellizzaro, presidente da CNDL; Pedro Nadaf, secretário-chefe da Casa Civil; Fernando Maia, CEO da Saga Malls e acionista do Conselho de Administração da Brookfield Incorporações; Dinomercio Gueno, gerente de marketing da City Lar. 

Listando vários empreendimentos de sucesso no mundo todo – entre eles a loja no modelo Apple e a rede supermercadista Pão de Açúcar, além da marca de roupas Zara, Pastore falou de processos intangíveis difíceis de serem copiados – formas de operacionalizar específicas e perfis de pessoas (atendimento, competências, estilo) e que significam diferenciais na concorrência por clientes. “Não venda produtos, venda soluções. Trate seu cliente de forma apaixonada”, completou ele. 

“É preciso recriar a atividade (de Varejo), investir em pesquisa de comportamento, motivas nossa equipe, e sermos fieis aos nossos valores mesmo diante da internacionalização”, concluiu o coordenador da ESPM. 

Nelson Soares, diretor-executivo do Sindipetróleo, mediador neste painel abriu a discussão dizendo que “não dá pra ficar de fora do e-commerce”. No entanto, ressaltou, há uma série de questões desafiadoras para as empresas que adentra a venda pela web – estoque, logística, entre outros. 

Fernando pontuou que sendo a mudança inevitável, ou seja, a concorrência em termos de venda pela Internet, é preciso o Comércio acompanhar. 

Gueno falou sobre a importância da equipe na empresa. “Não existe empresa bem sucedida com equipe que não ganha dinheiro”, atestou. “Senhores empresários, a empresa é feita de seus estoquistas, de seus vendedores, do gerente, do atendente, dos funcionários”, alertou. “´Se não tivermos a capacidade de ensinar nossos empregados a ganhar dinheiro, as empresas não irão para frente”. 

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