Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Preço da cesta básica sobe em 12 de 18 capitais em abril, diz Dieese

07.05.2013
15:13
FONTE: G1

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Segundo o Dieese, as maiores altas foram verificadas em Recife (6,55%), João Pessoa (5,94%), e Belém (5,25%). Já as maiores retrações ocorreram em Salvador (-4,63%), Porto Alegre (-3,00%) e Campo Grande (-1,73%).

No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, as 18 capitais apresentaram alta nos preços da cesta básica. As maiores elevações situaram-se em João Pessoa (22,33%), Aracaju (21,40%) e Recife (19,84%). Os menores aumentos foram verificados em Porto Alegre (6,08%) Florianópolis (7,36%) e Goiânia (8%).

Em SP, cesta básica subiu 2,39%
São Paulo continuou a ser a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 344,30). Em relação a março, houve aumento de 2,39% nos preços dos produtos essenciais, o oitavo maior em relação às 18 capitais pesquisadas. No acumulado do ano, a alta foi de 12,92%. Já na comparação com abril de 2012, o aumento é de 24,18%.

Atrás de São Paulo, as capitais com a cesta básica mais cara, segundo a pesquisa, são Manaus (R$ 339,64), Vitória (R$ 328,94) e Rio de Janeiro (R$ 327,52). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 247,72), Salvador (R$ 268,05) e Campo Grande (R$ 271,65).

Tomate ficou mais caro em 10 capitais
Segundo o Dieese, os preços da cesta básica sofreram influência em abril dos aumentos verificados no leite, feijão, farinha, pão francês e banana. O leite in natura subiu em 16 capitais. As maiores altas ocorreram em Brasília (9,52%), Campo Grande (7,69%) e Rio de Janeiro (6,16%).

Já o preço do feijão ficou mais caro em 15 capitais. As maiores elevações ocorreram em Goiânia (13,59%), Recife (11,67%) e João Pessoa (9,25%).  Os preços da farinha aumentaram em 14 capitais, o preço do pão francês ficou mais caro em 13 locais e a banana teve seus preços elevados em 15 das 18 capitais pesquisadas.

O tomate, produto que vinha apresentando predominância de alta nos meses anteriores, ficou ainda mais caro em 10 capitais. Os maiores aumentos ocorreram em Belém (18,55%), Recife (18,54%) e João Pessoa (17,66%). Os recuos foram apurados em oito localidades, com destaque para Salvador (-37,50%), Porto Alegre (-19,84%) e Goiânia (-16,19%). Na comparação anual, houve aumento em todas as 17 capitais com informações disponíveis. As variações mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (320,55%), Vitória (213,33%) e Aracaju (172,93%). Os menores aumentos foram apurados em Salvador (14,35%) Manaus (65,95%) e Belém (86,36%).

Desoneração da cesta básica
Segundo o Dieese, apesar da alta em abril, o comportamento do preço dos itens desonerados pelo governo federal pode ter contribuído para evitar um aumento maior do valor da cesta básica em 16 das 18 capitais pesquisadas.

Em abril, a grande maioria dos preços do conjunto de produtos básicos desonerados pelo governo federal apresentou queda de preço em relação ao mês anterior, segundo o Dieese. Dos produtos desonerados, cinco (como carne, manteiga, café, açúcar e óleo) fazem fazem parte dos itens que compõem a cesta básica do Dieese.

Em relação ao comportamento dos preços por capital, em Brasília, Curitiba e Porto Alegre, houve redução nos preços em todos os cinco produtos desonerados. "Na grande maioria das capitais, essa diminuição atingiu quatro dos cinco itens, indicando a predominância de queda nos preços destes produtos, entre as capitais pesquisadas", afirmou o órgão.

Salário mínimo deveria ser de R$ 2.892,47, diz Dieese
Segundo o Dieese, em abril deste ano o salário mínimo deveria ser R$ 2.892,47, ou seja, 4,26 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678,00. Em março, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.824,92 ou 4,17 vezes o piso vigente. Em abril de 2012, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.329,35, o que representava 3,74 vezes o mínimo de então (R$ 622,00).

O valor é calculado mensalmente pelo Dieese com base no custo apurado para a cesta de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

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