O preço do feijão carioquinha ficou 40% mais barato nas prateleiras dos supermercados do Norte de Minas Gerais. O quilo do grão que chegou a custar R$ 5,48 no ano passado, agora sai a R$ 1,98.
A economista Vânia Vilas Boas, que faz o levantamento do Índice de Preços ao Consumidor em Montes Claros (MG), afirma que a redução no preço está ligada a dois fatores, à oferta do produto em maior quantidade e à mudança de hábito do brasileiro, em diminuir o consumo de feijão.
Ela ainda afirma que o cenário econômico é otimista. "O feijão consumido na cidade vem de Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, com essa produção associada a do Norte de Minas, o produto tende a ficar ainda mais barato."
Bruno Araújo, gerente de um supermercado, diz que o custo repassado para o consumidor diminuiu porque há cada vez mais uma disputa acirrada entre os fornecedores do produto. Como eles fornecem o produto a um preço menor, o consumidor sente a diferença diretamente no bolso.
"Tá com preço bom, em vista do que tava", afirma o aposentado João Lopes de Queiroz.
Com o feijão barato, quem compra quantidades maiores do grão garante que a economia é uma oportunidade para elaborar um cardápio mais rico, como afirma o gerente de uma instituição que atende crianças com câncer. Mensalmente são comprados 150 quilos de feijão, que é utilizado no consumo diário dos assistidos e também em cestas básicas que são distribuídas para eles.
"Com essa redução podemos aumentar ainda mais o nosso leque de alimentos", destaca Fernando Dias.