Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Preços da indústria sobem 1,77% em outubro, diz IBGE

25.11.2015
10:15
FONTE: G1

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Os preços da indústria subiram 1,77% de setembro para outubro, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro, de acordo com dado revisado, a alta fora de 2,99%.
No ano até outubro, o avanço acumulado é de 9,67%. O acumulado em 12 meses foi de 10,90%, o maior da série, que teve início em janeiro de 2014.

O Índice de Preços ao Produtor mede as mudanças nos preços de oferta do Brasil. Portanto, é um acompanhamento da variação média dos preços de produção de bens e serviços.

Segundo Manuel Campos Souza Neto, técnico do IPP, um dos principais motivos para os preços da indústria terem mostrado um valor menor ao apresentado em setembro é a valorização do dólar. No nono mês do ano, de acordo com ele, a moeda americana subiu cerca de 11% frente ao real, enquanto em outubro, houve redução de 0,7%.

“É um dos principais motivos para o resultado”, explicou. “No ano, o dólar variou 47% em 2-15 até outubro, e 12 meses, foi 58,5%”.

Os preços são medidos na "porta da fábrica", mas quando sobem ou caem acabam refletindo no varejo.
Entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 17 mostraram preços mais altos, contra 22 no mês anterior.

As quatro maiores variações partiram de bebidas (9,62%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (4,31%), madeira (-3,27%) e produtos de metal (3,02%).

“Parte de soja teve aumento expressivo, que está tendo compra externa, mas está entressafra, então o preço sobe. Tivemos aumento da gasolina, aumento de álcool e óleo diesel."

Já os setores de maior influência foram alimentos, outros produtos químicos, papel e celulose e veículos automotores.

"Os preços dos produtos alimentares subiram 2,79%, em relação a setembro. Este resultado, próximo da metade do observado em setembro (5,47%), elevou o acumulado no ano para 13,21%, resultado que é o maior desde dezembro de 2012 (14,86%) — ou seja, de 2012 em diante, o resultado atual só é menor do que um anual (de 2012). Em relação a outubro de 2014, os preços estão 15,20% maiores, o maior resultado nesta comparação desde setembro de 2012 (15,36%)."

“Alimentos foi o que mais influenciou o resultado final [das atividades industriais. Tem a parte do açúcar e o complexo de soja, que foram os grupos que mais influenciaram os alimentos. Seguido por bebida, derivado de petróleo e combustíveis e outros químicos”, explicou.

De acordo com Manuel Campos, apesar do dólar ter contido um pouco a subida dos preços da indústria, a expectativa do fim de ano influenciou o aumento do IPP. “As bebidas tiveram 9,62% de aumento”.

Em outubro, os preços de bens de capital subiram 0,30%; os de bens intermediários, os de bens intermediários, 1,71%, e os de bens de consumo, e 2,27%. Nos bens de consumo duráveis, a variação foi de 0,53% e na de bens de consumo semiduráveis e não duráveis, de 2,81%.

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