Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Economia / Agronegócio

Problemas em aeroportos e preço do querosene fazem AM perder voos

17.06.2016
09:49
FONTE: G1

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  • Azul faz 26 voos semanais no Amazonas
Problemas na estrutura de aeroportos no interior do Amazonas têm colaborado para isolamento aéreo de pequenas cidades no estado. Em cinco anos a Azul Linhas Aéreas retirou nove municípios das rotas da empresa. Outro aspecto que prejudica a logística na região é o preço do querosene.

De acordo com a companhia, nos últimos anos foram interrompidas rotas para Barcelos, Coari, Eirunepé, Fonte Boa, Humaitá, Santa Izabel do Rio Negro, Lábrea, São Paulo de Olivença e São Gabriel da Cachoeira. O diretor de Planejamento de Malha da companhia, Marcelo Bento, disse que uma das razões para o fim desses trajetos foi a "aposentadoria" de uma aeronave que costumava viajar para destinos como esses.

"Na maior parte dessas cidades a Azul tinha o ATR-42 e esse é um avião que foi ficando idoso, difícil de substituir e a gente acabou optando por tirá-lo da frota. E nenhum desses aeroportos tinha condições de suportar um avião um pouco maior, que era o ATR-72. A pista não suportava", explicou.

A pista era só um dos problemas dos aeroportos, segundo Bento. "Invasão de área por animais e população indígena, falta de equipamento de meteorologia, falta de canal de inspeção", enumerou Bento.
Há ainda outros quesitos que contribuem para que uma companhia aérea deixe de operar em determinado município, como as condições do check-in e sala de espera, horário de funcionamento do aeroporto e sistema de combate a incêndio. Essas situações são observadas em aeroportos de todo o Brasil, segundo o diretor de Planejamento de Malha.

Preço

O presidente da companhia, Antonoaldo Neves, também comentou outros problemas enfrentados para levar novas rotas ao interior Amazonas. "A gente entende e concorda com a filosofia do governo que não é para dar subsídio, mas, enquanto não abaixar o preço do querosene, não vai ter mais voo na Amazônia Legal. Não tem motivo para o querosene no interior ser cinco vezes mais caro que em São Paulo", afirmou.

Atualmente, a companhia realiza 26 voos semanais em todo o estado, entre partidas e chegadas. Parintins, Tefé e Tabatinga fazem conexão com Manaus, enquanto a capital tem rotas para seis cidades, além dos três municípios já citados: Belém, Boa Vista, Belo Horizonte, Porto Velho, Santarém e São Paulo (aeroporto de Viracopos).

Tecnologias

Em encontro com a imprensa nesta quinta-feira (16), a empresa anunciou que deve começar a operar com 13 aeronaves A-320. Manaus deve ser uma das dez primeiras capitais a receber rotas com o avião.

Outra novidade em relação à capital amazonense é que uma nova tecnologia para impedir extravio de bagagem começará a ser utilizada até dezembro. De acordo com a Azul, o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes deve ser um dos que vão receber o Max, dispositivo que lerá as etiquetas colocadas em cada bagagem no check-in. "Quando eu carregar o avião, eu vou ver que aquela bagagem deixou de embarcar porque eu não li a etiqueta", resumiu a diretora de aeroportos, Elisabete Antunes.

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