Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Economia / Agronegócio

Produção industrial tem alta de 0,7% em julho, mostra IBGE

02.09.2014
11:29
FONTE: G1

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  • Produção industrial apresentou alta em julho
 produção da indústria nacional registrou alta de 0,7% em julho, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse avanço interrompe cinco meses seguidos de resultados negativos.

Em relação ao mesmo mês em 2013, o total da indústria apontou recuo de 3,6%, a quinta taxa negativa consecutiva nessa comparação. “Assim, o setor industrial acumulou queda nos sete meses do ano (-2,8%), intensificando, portanto, o recuo registrado no primeiro semestre de 2014 (-2,6%)”, informou o IBGE em nota.

No índice acumulado para os sete meses de 2014, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 2,8%, com predomínio de taxas negativas, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas, 18 das 26 atividades, 55 dos 79 grupos e 63,1% dos 805 produtos investigados.

No acumulado de 12 meses, houve queda de 1,2%, a mais intensa desde janeiro de 2013, quando havia recuado 1,5%. “O baixo nível de confiança dos empresários, dos consumidores, uma evolução mais lenta da demanda doméstica, encarecimento das condições de crédito, maior seletividade na concessão do crédito, redução das exportações. Isso tudo acaba formando um cenário que leva setores com estoques acima do seu padrão atual”, explicou André Luiz Macedo, gerente da coordenação de Indústria do IBGE.

“No consolidado do ano, principalmente quando a gente compara com o ano passado, é um cenário de perdas importantes para esse setor”, afirmou. “Crescimentos mais intensos no mês de julho vieram com base comparativa mais baixa do mês de junho.”

Categorias e ramos

O crescimento na passagem de junho para julho alcançou três das quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 24 ramos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (44,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (8,5%).

No caso dos produtos de informática e eletrônicos, a expansão foi mais intensa desde o início da série histórica e interrompeu quatro meses consecutivos de taxas negativas que acumularam redução de -38,1%. Já o setor de veículos automotores eliminou parte da perda de 18,1% acumulada nos meses de maio e junho.

“Há uma melhora nesse ritmo da passagem de junho para julho, mas ainda é insuficiente para reverter as perdas observadas nos meses anteriores”, afirmou Macedo. “O número de horas trabalhadas foi maior do que a observada no mês de junho, claramente marcado por alguns feridos durante a Copa do Mundo”, completou.

Outras expansões se deram nos ramos de outros equipamentos de transporte (31,3%), máquinas e equipamentos (7,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (13,1%), outros produtos químicos (2,4%), confecção de artigos de vestuário e acessórios (8,6%), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (5,0%), produtos têxteis (5,9%), produtos de minerais não-metálicos (2,5%) e indústrias extrativas (1,1%). Com exceção do último setor que mostrou taxa positiva pelo quinto mês seguido, as demais atividades tiveram queda em junho.

Entre os quatro ramos que reduziram a produção, a maior queda na média global foi em produtos alimentícios (-6,3%) e coque (um tipo de combustível), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%). O primeiro setor interrompeu três meses de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 6,9%, e o segundo eliminou parte do avanço de 6,5% alcançado no mês anterior.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (como carros e eletrodomésticos) avançou 20,3%, a maior taxa desde janeiro de 2009, quando havia crescido 26,1%, e a mais acentuada no mês, interrompendo quatro meses consecutivos de taxas negativas, período em que acumulou perda de 30,9%.

Já o segmento de bens de capital, como máquinas e equipamentos, reverteu quatro meses seguidos de queda na produção (alta de 16,7%), com perda acumulada de 19,2% no período. De acordo com Macedo, a alta nos bens de capital influenciaram a maior produção de caminhões, e a nos bens duráveis, os automóveis.

Bens de capital (-6,4%) e bens duráveis (-13,7%), no entanto, são os itens que apresentaram maior queda em comparação com o mesmo mês no ano anterior.

O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,7%), como roupas e alimentos, que também apontou resultado positivo nesse mês, repetiu o índice do total da indústria (0,7%), e eliminou parte do recuo de 1,4% registrado no mês anterior.

O segmento de bens intermediários (-0,3%), como as matérias-primas para indústria, assinalou a única taxa negativa em julho de 2014 e marcou o quarto mês seguido de queda na produção, acumulando redução de 1,6%.

Comparação com período igual 

Na comparação com julho de 2013, três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 26 ramos apontaram redução na produção. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 22,8%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria. Outras contribuições negativas relevantes vieram da redução na produção de metalurgia (-9,0%), de produtos de metal (-13,2%), de máquinas e equipamentos (-7,9%), de produtos de borracha e de material plástico (-10,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6%) e de produtos alimentícios (-1,2%).

Entre as 10 atividades que aumentaram a produção, os principais impactos foram observados em indústrias extrativas (5,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,2%), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (8,9%), impressão e reprodução de gravações (20,5%) e outros equipamentos de transporte (9,8%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (-13,7%) assinalou, em julho de 2014, a queda mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de capital (-6,4%) e de bens intermediários (-3,6%) registraram os demais resultados negativos nesse mês, enquanto o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis, com expansão de 0,6%, apontou a única taxa positiva.

Acumulado do ano

No acumulado em 2014, houve predomínio de taxas negativas em três das quatro grandes categorias econômicas, 18 das 26 atividades, 55 dos 79 grupos e 63,1% dos 805 produtos investigados. O principal impacto negativo foi observado no ramo de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,7%). Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de produtos de metal (-10,8%), de metalurgia (-5,6%), de máquinas e equipamentos (-5,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,9%) e de outros produtos químicos (-3,7%).

Por outro lado, entre as oito atividades que ampliaram a produção, as principais influências foram observadas em indústrias extrativas (4,4%), produtos alimentícios (1,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (7,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%) e produtos farmacêuticos e farmoquímicos (5,8%).

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