Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Produtores de MT conhecem Instituto de Tecnologia Agropecuária da Argentina

23.07.2015
09:40
FONTE: Assessoria

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No terceiro dia de Missão Técnica da Famato e do Senar-MT na Argentina, os produtores rurais de Mato Grosso conheceram os trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta) – parecido com o que a Embrapa faz no Brasil. O grupo visitou o Centro Regional do Instituto, localizado no município de Rafaela, na província de Santa Fé, onde são desenvolvidas pesquisas de pecuária de corte e de leite, agricultura e apicultura. No dia anterior, o grupo também visitou a estação experimental localizada no município de Ceres.

O município de Rafaela é responsável por 42% da produção de carne e 25% de leite da província de Santa Fé, na Argentina. Somente a região de Rafaela possui 3.500 tambos (propriedades rurais), daí a importância de um centro de pesquisa na região.

Perto de completar 60 anos de existência, o Inta é uma agência do governo descentralizado, com autonomia operacional e financeira, no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina. O Instituto trabalha com pesquisa e extensão rural de forma conjunta.

A instituição está presente em cinco regiões da Argentina por meio de uma estrutura que compreende cinco centros de pesquisa aplicada, 16 institutos, 50 estações experimentais e 320 agências de extensão rural que fazem as oficinas de campo. Ao todo trabalham 120 profissionais, 25 técnicos e 48 apoios.

Assim como para os 31 integrantes da Missão Técnica, o presidente do Sindicato Rural de Guarantã do Norte, Davi Fernandes, considera a viagem uma grande oportunidade para adquirir novos conhecimentos. “A gente observa que o clima aqui implica numa maneira diferenciada de os produtores aproveitarem o uso do solo, a matéria produzida para a alimentação do gado, e isso reverte num melhor aproveitamento da área para criar mais animais no sistema semi-intensivo e intensivo”, disse.

Segundo Fernandes, os experimentos feitos pelo Inta demonstram que é possível produzir mais em uma área menor. “A tecnologia aqui é avançada tanto para o gado de corte quanto de leite. A gente percebe que a pecuária leiteira aqui é muito desenvolvida”, acrescentou.

Na visita, os produtores conheceram o sistema de ordenha que é semi-automatizado, sendo primordial para o desenvolvimento de pesquisa da pecuária de leite. Embora o país não tenha legislação específica para o tratamento de dejetos da ordenha, o Inta se preocupa com essa questão, visando a qualidade da água.

O diretor Jorge Luis Villar Escura informou que existe uma preocupação constante com a contaminação dos solos, tanto que há uma linha de pesquisa focada na utilização da água e prevenção da contaminação dos lençóis freáticos, já que eles são muito superficiais.

Conhecimento 
As crianças do ensino primário da região aprendem sobre “solos” com os pesquisadores. Os colégios incluíram o tema na grade curricular e, desde então, o instituto recebe todos os anos aproximadamente três mil alunos. Alguns deles, inclusive, acabam passando pelo Instituto na fase adulta, quando fazem curso superior.

A Missão Técnica segue até sábado (25) quando o grupo encerrará as atividades no Uruguai. O objetivo é conhecer as experiências bem-sucedidas, adquirir novos conhecimentos e contribuir na formação dos líderes sindicais de Mato Grosso.

O grupo já visitou o confinamento Conecar Ganadera, o tambo do grupo Chiavassa, a cooperativa Sancor e a fazenda de gado de corte do Inta, em Ceres. Na quinta-feira (23) a visita será no mercado de gado de Liniers e na exposição de Palermo. Sexta-feira (24) haverá uma reunião na Câmara de Indústria e Comércio de Carnes e Derivados e visita na Universidade de Buenos Aires (UBA).

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