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O calor excessivo e a estiagem prejudicaram as lavouras de tomate de Carandaí, em Minas Gerais. Mesmo quem investiu em irrigação, não conseguiu evitar as perdas.
A falta de chuva, nunca antes vista por João Roberto Aquino em 25 anos, atrapalhou os planos de uma boa colheita. Na propriedade localizada em Carandaí, ele plantou 3,5 mil pés de tomate e esperava encher pelo menos 1,3 mil caixas, mas acredita que esse número não chegue sequer a 900.
A falta de chuva e o calor excessivo na região das Vertentes, anteciparam a maturação dos frutos. Os tomates não desenvolveram o suficiente para serem comercializados e o que se vê em boa parte das lavouras são plantas morrendo e tomates apodrecendo nos pés.
Cento e dez produtores cultivam o fruto em 73 hectares. No ano passado, eles colheram 9.811 toneladas, mas com a falta de chuva, a estimativa é ter uma redução de pelo menos 30%.
Minas Gerais produz cerca de 14% da safra brasileira de tomate. Em outra propriedade, mais um efeito do calor excessivo. Mesmo com sistema de irrigação, o resultado são manchas escuras na base dos frutos, o chamado fundo preto, que impede o crescimento do tomate, que acaba caindo no solo.
Dos 30 mil pés plantados por Leandro Antunes, pelo menos 17 mil foram afetados. “Jogamos água todos os dias e mesmo assim o fundo preto apareceu e está castigando”, diz.