Mato Grosso, 18 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Projeto Gente que Produz e Preserva cria mecanismos de comunicação entre fazendas e a comunidade

14.07.2015
06:56
FONTE: Assessoria

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O projeto “Gente que Produz e Preserva”, do Clube Amigos da Terra (CAT) Sorriso, está encerrando a primeira etapa do processo para certificação da soja em nove propriedades rurais do município.
 
As fazendas Jaborandi, São Felipe, Dakar, São Marcos, Santa Maria da Amazônia, Santana, Videirense, Cella e Berrante de Ouro (que totalizam 21.500 hectares) foram inseridas no programa de forma voluntária através de seus proprietários que se propuseram a atender os critérios exigidos pelo padrão de certificação da Mesa Redonda da Soja Responsável – RTRS – sua sigla em inglês.

Das nove propriedades inscritas no programa três serão escolhidas, de forma aleatória, para a primeira auditoria do organismo creditador, até o fim deste mês. Nesta primeira etapa é preciso cumprir 61 indicadores de conformidade imediatos mais um indicador de curto ou médio prazo dos 100 previstos no padrão, criado pela Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS). As exigências devem ser cumpridas de forma gradual, em no máximo três anos. Elas são divididas em conformidade imediata (61), curto prazo (26) e médio prazo (12). 
 
Neste primeiro ano, os produtores receberam um diagnóstico completo sobre a identificação do que falta ser feito (não conformidades), além de suporte para as adequações necessárias.

Todas as orientações concedidas também auxiliam que as propriedades atendam as questões relacionadas às legislações ambiental, social e trabalhista – o que as livra de sanções jurídicas -  para, ao final, ainda receber a certificação. Além do cumprimento legal, os participantes executarão um projeto de produção que atenda as condições de relações responsáveis com a comunidade. Para isso, o CAT criou um mecanismo de comunicação entre os proprietários das fazendas com a comunidade. Nas fazendas foram disponibilizadas urnas para que membros da comunidade e funcionários depositem criticas, elogios, reclamações enfim, tenham uma forma de manifestar seus sentimentos sem se sentir constrangidos e sem precisar se identificar. Para quem não consegue se deslocar até as propriedades, o CAT disponibiliza na sede da organização, na área urbana do município, cadernos identificados de cada fazenda, para que aquelas pessoas que não quiserem se deslocar até a fazenda. O CAT fica na Av. marginal esquerda, no segundo piso do Sindicato Rural de Sorriso. As demandas também podem ser feitas pelo telefone do CAT - 3544-3379 e pelo e-mail catsorriso2@catsorriso.com.br - que se responsabiliza em encaminha-las para as devidas fazendas.
 
Na prática, as sugestões envolvem, por exemplo, insatisfações com o ambiente de trabalho, com o não cumprimento da legislação trabalhista e até ações praticadas na fazenda em desacordo às normas do Código Florestal. 
 
O presidente do CAT Sorriso, Júnior Ferrarin, diz que, com o crescimento do projeto Gente que Produz e Preserva, a expectativa é de que mais propriedades participem da iniciativa. “Estamos confiantes de que haverá uma aceitação ainda maior no município, visto que a certificação das propriedades é um grande sonho dos produtores de Mato Grosso”.

Com a certificação, os produtores de Sorriso ampliarão o acesso para novos mercados, além de aumentar a competitividade e a eficiência na gestão da propriedade. Por meio da certificação o produtor terá acesso a crédito de instituições financeiras que aceitam o ‘selo’ RTRS. Além disso, existe a comercialização de créditos de soja responsável por parceiros que pagam um bônus do prêmio por conta do valor agregado à sua produção.
 
A coordenadora do projeto “Gente que Produz e Preserva”, Cynthia Moleta Cominesi, está confiante para a primeira auditoria. “Nós estamos certos de que a certificação vai mudar a vida do produtor e principalmente valorizar quem produz com responsabilidade. Depois disso temos certeza que terão outros fazendeiros interessados em fazer parte do projeto”, completou Cominesi. 
 
Com o apoio da WWF Brasil, Solidariedad, Bel e IDH, o CAT proporcionou que os produtores esclarecessem todas as dúvidas através das consultorias técnicas que continuam mesmo após a certificação.

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