O clima tem prejudicado as plantações de mamão no Espírito Santo. Houve perda na qualidade e os agricultores estão recebendo menos fruta. O preço do quilo é vendido por cerca de R$ 0,40 e R$ 0,50. O Espírito Santo é o segundo maior produtor da fruta no país.
O maior aliado da fruta é o sol. Por isso, a qualidade da fruta cai no inverno nas propriedades de mamão do Espírito Santo. “Devido o inverno, nós temos uma variação de temperatura muito grande, o que provoca manchas fisiológicas. Existe ainda a falta de proteção das folhas para o fruto ficar com a pele mais bonita, mais bem apresentada para o consumidor”, explica o agricultor Bruno Pessoti.
Este ano, o problema é o preço. O produtor rural vende o quilo da fruta por cerca de R$ 0,40 e R$ 0,50. Mas o custo de produção de um quilo sai por um valor entre R$ 0,58 e R$ 0,62. “Este ano está sendo muito atípico. No ano passado, nesse mesmo período, estávamos vendendo por cerca de R$ 1 o quilo, o dobro do praticado hoje”, compara Pessoti.
Segundo o produtor, o preço está baixo por causa da queda no consumo da fruta. Na propriedade em Sooretema, no norte do Espírito Santo, é feito o beneficiamento da fruta. O mamão é selecionado para os mercados interno e externo. O presidente da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), Rodrigo Martins, explica que por causa da baixa qualidade no inverno, a exportação da fruta diminui, mas a expectativa é que a demanda aumente nos próximos meses.
“Além do clima ajudar na produção, o verão favorece também a demanda. Não só o consumidor brasileiro, mas o consumidor estrangeiro consome mais a fruta”, diz Martins.
Enquanto o preço do mamão não melhora, em outra propriedade da cidade a escolha foi diversificar a produção. Os pés de café plantados há poucos meses são uma aposta para manter a rentabilidade. “Hoje, só o mamão não dá mais para ser o carro chefe da lavoura. Então, a gente está fazendo o consorciamento com o café para cobrir o preço do mamão”, diz Jonas Tragino, gerente da fazenda.
O quilo do mamão para exportação está sendo vendido por R$ 0,50. O Espírito Santo é o segundo maior produtor da fruta no país.
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