Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Queimadas destroem vegetação e lavouras no Norte e Centro-Oeste

24.07.2016
09:17
FONTE: Maikon Paiva e Luiz Patroni/Globo Rural

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  • Tempo seco contribui para o aumento de queimadas
Nas regiões Centro-Oeste e Norte, as queimadas são hoje um problema. Sem chuva, é comum o aparecimento de focos de incêndio, o fogo vem destruindo lavouras e a vegetação nativa.

Tocantins
Do alto é possível ter uma dimensão do estrago que o fogo está deixando na vegetação do Tocantins. O estado ocupa a segunda colocação no ranking nacional de queimadas com mais de 4 mil focos de janeiro a julho, número 15% maior que o mesmo período do ano passado. Os dados são do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
 
Outro problema trazido pelas queimadas é a umidade relativa do ar que vai lá pra baixo. Em algumas partes do Tocantins, o índice registrado é de 15%, o mesmo do Deserto do Saara. O reflexo disso pode ser visto nos rios e córregos, alguns estão secando, outros não têm mais uma gota d'agua.

Em Lagoa da Confusão, onde fica o Parque Nacional do Araguaia, está concentrada a maior quantidade de focos de calor, são quase 500. Os incêndios atingiram reservas naturais e plantações.

A agricultora Carmelita Brito já começou a fazer aceiros com a ajuda dos filhos. A principal fonte de renda da família é a mandioca. No ano passado, toda a área de 209 hectares da propriedade que fica em Palmas foi atingida pelas chamas.

Mato Grosso
A situação também é crítica em Mato Grosso, onde só neste mês já foram registrados mais de 1,5 mil focos de calor. O estado lidera o ranking de queimadas no país, com quase 8,4 mil casos do início do ano até agora, 40% a mais que no mesmo período do ano passado.

Em uma fazenda em Sorriso, a área de milho recém-colhido foi destruída. Em Nova Mutum, um incêndio ainda maior atingiu 6 propriedades e mais de mil hectares.

Em uma das fazendas que foram atingidas pelo fogo foram queimados ao todo cerca de 450 hectares, incluindo uma área de milho que ainda não tinha sido colhida. O cenário é de destruição. Além de muitas cinzas, restaram várias espigas espalhadas pelo terreno.

Pelo menos 80 hectares ficaram assim, um prejuízo grande para o agricultor Pedro Tissiani. Além do milharal, cercas e áreas de pasto também foram queimadas.

Na fazenda vizinha, onde o fogo começou, até a mata foi atingida. Outros 150 hectares de palhada de milho também foram destruídos.

A causa do incêndio ainda está sendo investigada. Enquanto isso, o agricultor Emerson Bonini relembra os momentos de desespero e conta que a sede da fazenda escapou por pouco.

Segundo o Inpe, de janeiro até agora foram identificados mais de 36,7 mil focos de queimadas em todo o país, um aumento de 49% na comparação com o mesmo período de 2015.

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