Mato Grosso, 29 de Março de 2024
Economia / Agronegócio

Revista que pediu saída de Mantega elogia escolha de novo ministro

28.11.2014
14:53
FONTE: G1

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  • Joaquim Levy, escolhido para a Fazenda

Crítica declarada da política econômica do primeiro mandato de Dilma Rousseff, a publicação britânica "The Economist" passou a ver com bons olhos a escolha da nova equipe para o próximo governo. A revista publicou na edição desta semana que a presidente parece ter "aceito tacitamente" o erro na condução da economia brasileira.

No final de 2013, a publicação soltou um editorial pedindo a saída de Guido Mantega do comando do ministério da Fazenda, para que os rumos da política econômica pudessem mudar de direção. Mas no ano passado, ironicamente, a "Economist" afirmou ter mudado de ideia e disse que o ministro é "um sucesso" e Dilma devia segurá-lo a todo custo.

Desta vez, a revista reconheceu o mérito da escolha de Joaquim Levy para assumir a pasta – ex-secretário do Tesouro que se notabilizou pela política liberal e austera –, mas destacou a 'fraqueza' da presidente, afirmando que seu novo programa se parece com as propostas do candidato derrotado pelo PSDB nas eleições, Aécio Neves.

"Se a nova equipe for bem sucedida, Dilma terá não apenas que deixar que eles façam seu trabalho sem a intromissão do primeiro mandato. Ela também terá que defender um programa econômico que será impopular no curto prazo", analisa o editorial.

De acordo com a publicação, a tarefa da nova equipe é restaurar a credibilidade da política econômica, o que significaria assegurar o comprometimento do Brasil com o tripé macroeconômico adotado antes de 2010, que prega a independência da política monetária, a responsabilidade fiscal e as taxas de juros flutuantes.

Isso significaria, diz a "Economist", apertar o orçamento. "Para minimizar o impacto no emprego, [Nelson] Barbosa (escolhido como ministro do Planejamento) disse que isso deve acontecer gradualmente e focar em governar com um implacável aumento nos gastos com programas sociais".

A revista continua pontuando que há uma "nuvem ainda mais negra" no horizonte, citando as denúncias de corrupção envolvendo desvios bilionários em contratos da Petrobras, cuja investigação é conduzida pela Operação Lava Jato.

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