Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

S&P mantém Brasil abaixo do grau de investimento e reafirma perspectiva negativa

11.02.2017
01:27
FONTE: G1

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A agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P) anunciou nesta sexta-feira (10) que decidiu manter a nota de crédito soberano do Brasil em "BB" - dois degraus abaixo do grau de investimento, espécie de selo de país bom pagador da sua dívida. Ao mesmo tempo, a S&P reafirmou a perspectiva negativa para o rating do país.

Já a nota da Petrobras foi elevada de "B+" para "BB-", um nível abaixo da nota do Brasil, com perspectiva estável.

"Os consideráveis desafios fiscais e econômicos no Brasil implicam na necessidade de um comprometimento mais firme nas políticas", disse a agência em nota. "Apesar do progresso do ajuste fiscal no médio prazo sob o governo Temer, a continuidade de incertezas políticas, maiores pressões fiscais dos governos locais e a fraqueza da economia implicam em um ajuste mais lento e prolongado", acrescentou.

Em nota, o Ministério da Fazenda se manifestou após a decisão: "A manutenção faz parte de um processo normal para um rating soberano nesta fase do ajuste da economia brasileira. Com a aprovação da reforma da Previdência, trabalhista, da Agenda Microeconômica e com a recuperação da economia em 2017 este quadro vai mudar."

A S&P foi primeira a tirar o selo de bom pagador do Brasil, em setembro de 2015, ação que foi seguida pelas outras duas grandes agências internacionais: Fitch e Moody´s. Em sua última revisão, feita em fevereiro de 2016, a Standard and Poor's rebaixou novamente a nota do Brasil, apontando perspectiva negativa.

Segundo a agência, a perspectiva negativa foi mantida devido aos riscos de que a estratégia do governo para estabilizar a economia e sua posição fiscal pode ser diluída após três anos de recessão e desdobramentos das investigações envolvendo corrupção.

A expectativa é um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) baixo nos próximos anos, em torno de 2,5%, segundo a S&P. A agência espera ainda um déficit fiscal médio de 7% entre 2017 e 2019, enquanto a dívida pública líquida deve elevar-se de 52% do PIB em 2016 para 67% do PIB até 2019.

Em janeiro passado o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse em entrevista à Bloomberg, em Davos, que o Brasil está no caminho para reconquistar o grau de investimento. “Espero que seja antes de 2018”, disse à agência de notícias.

Perda do grau de investimento
O Brasil conquistou o grau de investimento pelas agências internacionais Fitch Ratings e Standard & Poor’s pela primeira vez em 2008. Em 2009, conseguiu a classificação pela Moody’s.

Atualmente, a nota do Brasil está na mesma posição nas escalas das 3 agências: dois degraus abaixo do grau de investimento.

Segundo analistas de mercado, historicamente, países costumam levar cerca de 5 a 10 anos para recuperar o selo de país bom pagador.

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