A seca prejudicou o desenvolvimento dos bananais em São Paulo. A quebra estimada na principal região produtora do estado é de 30% na comparação com o ano passado.
Quando olha para a lavoura de banana, no município de Sete Barras, Edson Kanashiro, vê todo o trabalho que teve para manter os 100 hectares da fruta perdido. Os cachos não se desenvolveram e as vendas são incertas.
No final do ano passado e começo deste ano, as temperaturas no Vale do Ribeira atingiram a casa dos 40 graus e o forte calor não veio acompanhado da quantidade de chuva necessária. Os meteorologistas esperavam que chovesse 320 milímetros em janeiro, mas o índice não passou dos 80 milímetros.
Em fevereiro, o cenário se repetiu e em março, a situação ficou ainda mais grave. Teve município que registrou apenas sete milímetros e para a banana, tanto o excesso, quanto a falta de água são prejudiciais.
A bananicultura representa 80% da economia do Vale do Ribeira. São mais de 40 mil hectares cultivados por 4 mil produtores que, em média, tiveram uma queda de 30% na produção este ano em comparação com 2013.
No começo do ano, o quilo da fruta era vendido por até R$ 1,10, mas a queda no padrão do produto fez o preço despencar nos últimos três meses. “Chegamos a vender a R$ 0,50, R$ 0,60. Hoje o preço está subindo, está em R$ 0,95 em função da pouca produção”, conta Edson.
O índice de descarte também aumentou. Não tem padrão de coloração, falta qualidade, tamanho e como o mercado é muito exigente, o problema econômico desencadeado na região é grande.
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