Setor produtivo, governo e ambientalistas renovaram a moratória da soja em Brasília. Apesar dos setores afirmarem que o balanço do projeto é positivo, os últimos números mostram que o plantio do grão em áreas desmatadas cresceu.
A moratória é um pacto entre governo, setor produtivo e ambientalistas para controlar o avanço da soja em áreas desmatadas da Amazônia. A indústria, por exemplo, se compromete a não comprar o grão de quem derrubou árvores ilegalmente.
O monitoramento da região se baseia em imagens de satélite. Os números mostram que, desde o início da moratória, em 2006, o desmatamento vinha caindo, mas em 2013 a situação se inverteu.
A área total desmatada chegou a quase 436 mil hectares, o que representa um aumento de quase 37% em relação ao ano anterior. No caso específico da soja, as áreas de plantio na safra 2013/2014 somaram 47 mil hectares, um crescimento de 61% sobre a safra anterior.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, dos 73 municípios da Amazônia que mais produzem soja, 51 desmataram ilegalmente desde o início da moratória do grão, há oito anos. Mesmo assim, ambientalistas, governo e setor produtivo afirmam que, apesar do desmatamento ter crescido, a moratória vem dando certo.
A moratória da soja foi renovada até maio de 2016, prazo final de outro mecanismo de controle para as áreas desmatadas, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é obrigatório para todos os produtores brasileiros.
“Nós prorrogamos a moratória da soja até 2016 efetivamente para podermos, com a conclusão do Cadastro Ambiental Rural e segundo os prazos legais do Novo Código Florestal, podermos usar o Cadastro Ambiental Rural como uma nova fase de monitoramento destes territórios”, explica Isabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente.
ENVIE PARA UM AMIGO
