Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Sudeste e Sul concentram cidades integradas no país, diz IBGE

25.03.2015
10:11
FONTE: G1

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As regiões Sudeste e Sul possuem o maior número de municípios integrados do país - áreas em que a população se desloca de uma cidade a outra por motivo de trabalho e estudo. A conclusão foi divulgada nesta quarta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e também aponta que São Paulo lidera a quantidade de fluxos urbanos e de população em deslocamento constante.

Com base nos dados do Censo Demográfico 2010, o IBGE mapeou os grandes agrupamentos de dois ou mais municípios com forte integração populacional, que ocorre em razão de migrações para trabalho ou estudo. São os chamados arranjos populacionais.

Segundo o instituto, o objetivo do estudo é fornecer subsídios para a elaboração de políticas públicas e estimular a parceria entre os municípios envolvidos.

Sudeste e o Sul possuíam, respectivamente, 112 e 85 arranjos populacionais. No Nordeste, havia 56, seguido da região Centro-Oeste, com 24, e Norte, com 17.

No Sudeste, os arranjos acompanham os grandes centros urbanos e eixos econômicos articulados por rodovias, como a Presidente Dutra. No Sul, os maiores estão associados às metrópoles de Porto Alegre e Curitiba.

No Nordeste, a maioria está em regiões litorâneas, enquanto nas regiões Norte e Centro-Oeste, os arranjos estão ligados principalmente aos grandes núcleos urbanos como Belém, Goiânia e Brasília.

Ainda segundo o IBGE, a maioria dos arranjos tem até 100 mil habitantes (63,6% têm essa característica), e 75,9% deles são formados por apenas dois municípios.

Concentrações urbanas

O IBGE também agrupou esses arranjos segundo o tamanho de sua população. Assim, o Brasil possui 26 grandes concentrações urbanas, ou seja, grupos que incluem os arranjos populacionais com mais de 750 mil habitantes somados a municípios isolados, que não formam arranjos, mas de mesma faixa populacional.

A população nessas 26 grandes concentrações urbanas soma pouco mais de 79 milhões de pessoas ou 37% da população brasileira.

Para comparar áreas urbanas de portes semelhantes, o estudo dividiu esse grupo em três faixas distintas: acima de 750 mil a 1 milhão de habitantes; acima de 1 milhão a 2,5 milhões de habitantes; e maiores que 2,5 milhões de habitantes.

Nesse contexto, São Paulo concentrava 36 municípios, o maior número em todo o país, que concentra 19,6 milhões de habitantes. Em seguida, aparecem Porto Alegre (26) e Belo Horizonte (23). Todas as concentrações são capitais, com exceção de Sorocaba (SP).

Trabalho e estudo

Em São Paulo, mais de um milhão de pessoas se deslocam diariamente para trabalho ou estudo entre os municípios. As maiores ligações ocorrem entre Guarulhos e São Paulo (146,3 mil) e entre Osasco e São Paulo (112,4 mil).

Para o IBGE, São Paulo tem um deslocamento tão intenso que pode ser chamada de “cidade-região”, englobando 89 municípios e 11 arranjos populacionais, somando 27,4 milhões de habitantes.

No Rio de Janeiro, esse tipo de deslocamento ocorre com mais frequência entre Niterói e São Gonçalo (120,3 mil), Duque de Caxias e Rio de Janeiro (119,0 mil) e entre Nova Iguaçu e Rio de Janeiro (109,6 mil).

O IBGE também destacou os deslocamentos na ligação entre a capital mineira e Contagem, com 119,6 mil, e a do Recife com Jaboatão dos Guararapes, com 118,2 mil.

Fronteiras

Foram identificados ainda 27 arranjos na fronteira internacional brasileira, somando aproximadamente 2,1 milhões de habitantes, 44,2% deles vivendo em países vizinhos. Destes, 16 se localizavam na região Sul. A maior população vive em Foz do Iguaçu e Ciudad del Este (Paraguai).

Arranjos especiais

O estudo traz ainda exemplos de ligações entre cidades distantes, como é o caso do eixo Rio-São Paulo, que movimentou 13,4 mil pessoas para trabalho e estudo em 2010. Destes, 57,7% são realizados somente por motivos de trabalho e 40,5% só devido ao estudo.

Também são exemplos os deslocamentos entre Macaé e Rio das Ostras com o Rio de Janeiro, alcançando 12,8 mil pessoas, entre as quais 81,9% destinam-se somente a trabalho, e a ligação entre Goiânia e Brasília, com 8,8 mil pessoas se deslocando entre essas capitais.

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