Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

TV paga prevê crescimento zero no número de assinantes em 2015

28.07.2015
14:56
FONTE: G1

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

  • O presidente-executivo da ABTA, Oscar Vicente Simões de Oliveira
A crise chegou também no setor de TV por assinatura, que nos últimos anos vinha registrando taxas de crescimento bem superiores à do PIB do Brasil.  A ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) projetou nesta terça-feira (28), que a base de assinantes do serviço de TV paga no país deverá ter “crescimento zero” em 2015.

“A nossa expectativa é zero mesmo. Se tiver um crescimento será muito pequeno”, disse o presidente-executivo da ABTA, Oscar Vicente Simões de Oliveira.

O número de clientes das operadoras de TV paga estacionou este ano. Em maio, segundo os últimos dados divulgados pela Anatel, o setor registrou a segunda queda mensal seguida, somando 19,72 milhões de assinaturas ante 19,76 milhões em abril. No acumulado nos 5 primeiros meses do ano, no entanto, ainda há alta de 0,74% na comparação com a base do final de 2014.

A ABTA atribui a situação à crise econômica e ao aumento da inadimplência e endividamento das famílias. Segundo a associação, a concorrência de novos serviços de oferta de vídeos on demand tem provocado movimentações no mercado, mais ainda “não impactou” na base de assinantes no Brasil. “O mercado tem espaço para crescer”, destacou Oliveira.

O setor chegou a registrar crescimento de 30% nos anos de 2010 e 2011, dobrando o número de assinantes de 10 milhões para aproximadamente 20 milhões de domicílios nos últimos 4 anos. Em 2014, o número de assinantes de TV paga cresceu 8,7% na comparação com o ano anterior.

A ABTA realiza na próxima semana, entre os dias 4 a 6 de agosto, a 23ª edição da sua feira e congresso anual no Transamérica Expo Center com a participação de cerca de 130 empresas. Entre os temas em discussão, além da dificuldade de voltar a aumentar a sua base de assinantes, serão debatidos a publicidade na TV paga e o avanço do furto de sinal, que alcança entre 4 a 5 milhões de lares, segundo as estimativas da associação.

Receita publicitária em alta

Apesar da dificuldade de aumentar a base de assinantes em 2015, o faturamento das empresas de TV por assinatura cresceu 8% no primeiro trimestre do ano, para R$ 7,7 bilhões, segundo divulgou a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura).

A associação informou também que a mão de obra empregada no setor cresceu 6,3% no trimestre.
O investimento de mídia no setor também tem se mantido acima da média do mercado. Segundo dados do Ibope Media, os gastos com publicidade na TV paga somaram R$ 6,17 bilhões no 1º semestre, o que significa uma alta de cerca de 25%, ante um crescimento de apenas 0,8% de todo o mercado de mídia no país.

A ABTA destacou, porém, que a alta do dólar tem aumentado os custos de instalação de equipamentos e, consequentemente, pressionado as operações das empresas.

Brasil cai em ranking de preço de pacotes

A ABTA também apresentou a nova pesquisa anual da associação, feita em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), sobre o comparativo do preço do pacote básico de TV por assinatura no Brasil com outros países.

Segundo a nova pesquisa, o Brasil caiu mais uma vez no ranking que analisa 49 países. O  valor da mensalidade média no Brasil caiu da 30ª posição para a 33ª colocação, beneficiado pela desvalorização do real.

Enquanto a média mundial é de US$ 39,89, a média brasileira é de US$ 19,49. No ano passado, o valor médio do pacote básico no país era de US$ 22,34.

3ª mídia mais consumida no país

A TV por assinatura foi o meio que mais cresceu nos últimos anos no Brasil, ultrapassando os jornais, revistas e, em 2014, também o rádio, perdendo atualmente apenas para TV aberta e internet, segundo dados do Target Group Index.

A audiência da TV paga também vem crescendo. Por dia, um assinante gasta 3 horas acompanhando canais pagos. Isso representa 1 hora a mais do que a média de 2010. Em 2014, a média foi de 3:07 horas ante 2:28 horas no ano anterior. Já o número de canais pagos em alta definição (HD) passou de 8 em 2010 para 73 em 2014.

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO