O início do período do vazio sanitário do algodão pode ser adiado em 15 dias, começando no dia 1º de outubro e não mais no dia 16 de setembro. A data do término continua sendo dia 30 de novembro.
A solicitação foi feita pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) durante reunião da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal de Mato Grosso (CDSV), nesta segunda (18), na superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Várzea Grande (MT). Participaram da reunião representantes de instituições do setor produtivo, do Mapa, do Indea-MT, de empresas de defensivos e pesquisadores.
Inicialmente, a Ampa solicitou 30 dias para a finalização da colheita no campo, mas a comissão aprovou 15 dias. O diretor executivo do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), Álvaro Salles, que representa o setor, acredita que o prazo é suficiente, mesmo sendo menor do que o pedido pelos cotonicultores. “Achamos que, com raras exceções, vai ser possível todos cumprirem a tempo a destruição de soqueiras”, afirma.
Salles estima que a colheita neste ano esteja atrasada em 20 dias, devido principalmente ao excesso de chuvas no início do desenvolvimento do algodão e em seguida por chuvas tardias, o que prolongou o ciclo da planta. “Não é que o produtor aumentou a área sem ter máquina. Na verdade, é que houve uma concentração da época de colheita. Com a essa falta de água, o algodão corta o ciclo e chega de uma vez”, diz.
A comissão emitiu um documento sugestivo para o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) e o Mapa dizendo qual a posição técnica do grupo.
O coordenador substituto da defesa vegetal do Indea-MT, Rogaciano Arruda, participou da reunião e informa que a sugestão da mudança da data será discutida no instituto até a semana que vem, devido à proximidade do mês de setembro. “Discutiremos ainda sobre a possibilidade de mudança no calendário para o início do período de vazio sanitário para o algodão, já que o adiamento da data vem sendo solicitado pelo setor produtivo há três anos consecutivos”, destaca.
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