Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
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Aidar x Kalil: São Paulo escolhe novo presidente nesta quarta-feira

16.04.2014
10:38
FONTE: G1

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  • Carlos Miguel Aidar e Kalil Rocha Abdalla disputam presidência do São Paulo nesta quarta-feira
A quarta-feira será um dos dias mais agitados dos últimos anos no São Paulo. Depois de três mandatos consecutivos, Juvenal Juvêncio deixará a presidência, mas com grandes chances de manter seu grupo político absoluto no Morumbi. Carlos Miguel Aidar, da situação, é o favorito na disputa contra Kalil Rocha Abdalla, da oposição, pelo cargo até 2017. A reunião, com início marcado para 19h, também marcará a votação da cobertura do estádio.

O futuro do Tricolor está nas mãos dos 235 conselheiros aptos a votar. No entanto, a eleição de 80 deles na semana passada encaminhou o pleito. A situação ficou com 49 vagas contra 31 da oposição, número bastante considerável. Como boa parte dos outros 135 vitalícios permanece aliada a Juvenal, a vitória de Aidar parece bem próxima.

Ex-presidente do São Paulo, de 1984 a 1988, o mais jovem da história (37 anos), Carlos Miguel Aidar, hoje com 67, foi um dos fundadores e dirigiu o Clube dos 13. Além disso, sustentou na Justiça o terceiro mandato de Juvenal, concedido após uma manobra no Conselho. Recentemente, articulou o fim da crise entre o Tricolor e a CBF, entidade que representou como advogado no "caso Héverton". 

Apesar de reapresentar a ala ligada a Juvenal, Aidar promete mudanças no São Paulo, principalmente para implantar uma nova filosofia de formação de atletas no CT de Cotia. Além disso, prega a reformulação no departamento de futebol profissional. A tendência é de que dirigentes da atual gestão não façam parte da próxima diretoria.

Provedor da Santa Casa de São Paulo, onde também concorre no dia 16, Kalil Rocha Abdalla é um dissidente do atual grupo. Também advogado, ele atuou como diretor jurídico nas gestões de Aidar e Juvenal e agora conta com o apoio de Marco Aurélio Cunha, outro que se afastou do presidente e novo homem-forte do futebol em caso de vitória. Confira aqui as propostas dos candidatos.

O vencedor encontrará um time pressionado a conquistar bons resultados no segundo semestre. O São Paulo decepcionou no Paulistão e precisa de uma resposta na Copa do Brasil e no Brasileirão para não voltar a ser questionado pela torcida. Além disso, necessita apagar a péssima impressão deixada em 2013, quando lutou até as rodadas finais contra o rebaixamento. 

Eleição no Conselho e votação sobre cobertura do Morumbi

Os conselheiros elegerão ainda os presidentes do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal. A vitória da situação é ainda mais certa, já que a oposição não apresentou candidatos para as vagas. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e João Hercílio Bastos de Paula Eduardo, respectivamente, são os representantes.

A diretoria também pretende votar a aprovação dos projetos financeiro e jurídico da cobertura do estádio do Morumbi. O assunto já causou muita polêmica no São Paulo. Em dezembro, na primeira tentativa de votação, a oposição se recusou a participar do processo. Eles alegaram que não conheciam detalhes do contrato firmado com a Andrade Gutierrez.

O clube abriu um prazo para que integrantes da outra chapa se inteirassem da reforma. A troca de acusações seguiu e a construtora preferiu se retirar. Entretanto, deixou com o São Paulo todo o projeto elaborado, que consiste na construção da cobertura, de uma casa de shows atrás de um dos gols e dois edifícios-garagem.
 Tudo está orçado em cerca de R$ 460 milhões, valor considerado alto pela oposição.

De acordo com dirigentes, dez construtoras já manifestaram interesse em assumirem a obra, mas a negociação só será levada adiante caso haja aprovação do projeto. Para isso, é preciso quórum de pelo menos 75% dos conselheiros. Colocar a votação na pauta eleitoral foi uma maneira encontrada pela situação de acelerar o processo.

Até o goleiro Rogério Ceni já fez propaganda do projeto, recentemente.

- É muito legal e não tem verba pública, acredita? Não vou jogar com o gramado coberto, mas se esse projeto ficar pronto, ficarei muito feliz, muito realizado - disse o goleiro, que anunciou sua aposentadoria para o fim deste ano, em entrevista ao programa “Bem, Amigos”, do Sportv.

Os líderes da oposição não concordam com a inclusão da questão da cobertura na pauta eleitoral e tentaram durante toda a semana que ela não ocorresse. Por isso, há dúvida quanto ao comparecimento do número mínimo de conselheiros.

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