Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Esportes

Anderson completa um ano de estreia com futuro incerto e "pinta" de auxiliar

12.02.2016
08:57
FONTE: G1

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  • Mesmo no banco, Anderson se divertiu com os colegas Andrigo e Aylon
Anderson permanecerá ou não no Inter? A dúvida ainda paira no ar. O endinheirado futebol chinês promete uma nova proposta, mas ninguém confirma que já tenha chegado ao Beira-Rio. Enquanto isso, o canhoto completou na quinta-feira um ano de sua estreia pelo clube gaúcho. Assim como ocorreu diante do Cruzeiro-RS – empate em 0 a 0 –, iniciou do banco de reservas contra o Passo Fundo na vitória por 2 a 1. Do lado de fora, mostrou seu lado torcedor, mas também de grupo, ao incentivar os companheiros.

As atuações oscilantes o fizeram perder a titularidade. Argel deixou de lado o fato de Anderson ser um "medalhão", mas garantiu que, caso volte a ter bom desempenho durante os treinamentos, pode recuperar o espaço entre os 11 iniciais.

– No contrato do jogador, não diz que ele tem que ser titular. Não importa se foi caro ou barato, não olho contracheque. Posso colocar o Anderson de novo contra o Aimoré. Ninguém se escala por nome. A performance é quem escala o jogador – afirmou o técnico em entrevista coletiva no Beira-Rio. 


A mudança de status não mudou o estilo do canhoto. O meia entrou para realizar o aquecimento abraçado em um membro da comissão técnica. Durante o exercício, sorria e brincava com os companheiros, rotina que se repetiu até a ida ao vestiário para colocar o uniforme de jogo.

Com a bola rolando, Anderson mostrou ser um jogador de grupo. Enquanto Vitinho era atendido por um problema na coxa direita que o tirou do jogo, deixou o banco de reservas, se aproximou de Argel e ajudou nas orientações aos colegas. Na saída para o intervalo, antes de entrar no túnel, ainda cumprimentou o executivo Jorge Macedo.

O lado fiel de Anderson voltou a aparecer na etapa final. Após o gol de empate do Passo Fundo, interrompeu por alguns instantes o aquecimento para incentivar o time e não deixar os parceiros se abalarem. Pouco depois, quando o Inter desperdiçou uma jogada ao mandar a bola pela lateral, voltou a se aproximar da linha lateral, desta vez para pedir calma.

Aos 29 minutos, entrou na vaga de Marquinhos. O pouco tempo em campo não o impediu de correr, se movimentar e tentar criar, apesar da forte marcação do Passo Fundo.

O banco de reservas no Beira-Rio na noite de quarta-feira remeteu ao ano passado. Trazido como a principal contratação da temporada, Anderson estrearia com a camisa vermelha aos 14 minutos do segundo tempo da partida contra o Cruzeiro-RS. Vinte minutos depois, mostrou personalidade e pegou a bola para cobrar um pênalti. Só que Bruno Grassi acertou o lado direito e fez a defesa. Era o início do calvário do meia. O canhoto sofreu e não conseguiu corresponder às expectativas. Chegou a sobrar até do banco de reservas com Diego Aguirre.  

A situação começou a mudar com a saída do uruguaio e a chegada de Argel. Logo em sua coletiva de apresentação, o treinador disse que era uma promessa recuperar o futebol de Anderson.  

O início, todavia, não foi para entusiasmo. Em um treino, chegou a figurar no terceiro time. Aos poucos, o canhoto começou a recuperar espaço. O único gol até hoje saiu na eliminação colorada na Copa do Brasil, na derrota por 3 a 2 para o Palmeiras, quando arrancou e chutou na saída de Fernando Prass.

No Brasileirão, embora não tenha sido o jogador que encantou no Grêmio, Porto e Manchester United, teve seus lampejos. Acabou como o principal garçom da equipe, com quatro assistências. O meia não se dá por satisfeito e admite que precisa evoluir.  

– Sempre falta. Vocês (jornalistas) sempre vão querer mais de mim. É normal. Acho que estou evoluindo. Vou em busca dos 100%. Quero chegar ao meu máximo, driblar mais, chegar mais à área – garante. 

O rendimento de altos e baixos, todavia, não diminuiu seu cartaz. O futebol apresentado na Europa fez o futebol chinês procurar o presidente Vitorio Piffero. Em dezembro, o dirigente, principal entusiasta de Anderson, rechaçou uma oferta de R$ 25 milhões. Uma segunda, na casa dos R$ 40 milhões é aguardada, mas ainda não apareceu. Após o jogo contra o Passo Fundo, o vice de futebol Carlos Pellegrini foi bombardeado sobre o tema e negou que a nova investida tenha ocorrido.

Argel disse que sequer foi comunicado da primeira oferta chinesa pelo canhoto. Como tal, disse que o pupilo seguirá a rotina de trabalhos para voltar ao time:

– Não existe vai não vai do Anderson. Nunca o presidente me disse que tinha proposta. O Anderson é jogador do Inter, está mostrando seu trabalho e recebendo oportunidades para jogar. A performance dele o manterá na equipe ou não. Hoje (quinta-feira) o Anderson não jogou por opção minha. 

Anderson firmou vínculo com o clube por quatro temporadas, com vencimentos na casa dos R$ 450 mil, com outros R$ 5 milhões de luvas, diluídos ao longo do contrato de 48 meses. Caso a proposta não venha, terá que manter a mesma entrega nos treinos para recuperar seu posto. A partir desta sexta, um novo capítulo começa a ser desenhado. 

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