Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Esportes

Antes de nova chance, Jobson será analisado dentro e fora de campo

16.09.2014
09:37
FONTE: G1

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  • Treino do Botafogo no Estádio Olímpico João Havelange - Jobson.
No fim de agosto, Vagner Mancini mostrou-se contrariado – e aparentemente irritado – ao falar sobre o assunto Jobson quando perguntado sobre o futuro do atacante no Botafogo:

– Não tenho o que falar, pois é algo que é anterior à minha chegada. O que me passaram é que ele não tem chance de voltar. Essa questão não chegou ao departamento técnico, e quero encerrar esse assunto aqui – decretou.

Mas o assunto Jobson está mais em evidência do que nunca. Ao colocar na balança o largo histórico negativo do jogador e o mau momento da maior parte dos atacantes à disposição do Botafogo, diretoria e comissão técnica decidiram reintegrar o atleta ao elenco principal. Nesta terça-feira, após passar por uma bateria de exames na parte da manhã, Jobson estará no campo do Engenhão, às 15h, para treinar pela primeira vez sob as ordens de Vagner Mancini. Exatamente duas semanas depois de começar a trabalhar com o chamado grupo especial, como o clube denomina os jogadores que estão fora dos planos.

Mas este será apenas o primeiro passo. Jobson será constantemente avaliado, seja dentro ou fora de campo. No Engenhão, a comissão técnica espera que ele recupere a forma física e mostre técnica suficiente para atuar nas partidas. Fora das quatro linhas, o atacante terá seu comportamento observado por conta de possíveis atos de indisciplina. Além disso, a ideia é que seja periodicamente submetido a exames antidoping.

Desde o momento em que Jobson conseguiu retornar ao Brasil, após o rompimento de seu contrato com o Al Ittihad – precedido de uma longa batalha judicial para que pudesse ter o direito de deixar a Arábia Saudita –, o Botafogo não tinha dúvidas do que fazer: tentar um acordo para a rescisão do contrato (válido até dezembro de 2015) ou negociar o atacante, fosse por empréstimo ou definitivo – a Portuguesa fez uma proposta oficial, mas que não agradou à diretoria. Na concepção dos dirigentes, era impossível uma nova chance ao jogador.

Atacante sob teste para suprir setor em mau momento

No fim de maio, Jobson finalmente conseguiu retornar ao Brasil, mas por cerca de três meses o assunto ficou adormecido no Botafogo. Neste tempo, os advogados do jogador – que não tem empresário – conversaram com a diretoria alvinegra. A ideia principal era mostrar que o 
jogador tinha o direito de contar com a estrutura do clube para trabalhar e manter-se em forma. A partir de então, o Botafogo admitiu reintegrar o atacante no grupo especial, caso não houvesse uma negociação.

Nas duas semanas em que passou a frequentar o Engenhão, Jobson se aproximou de alguns jogadores do elenco principal. A Emerson e Carlos Alberto, por exemplo, falou do sonho de uma nova oportunidade de atuar pelo Botafogo. A dedicação nos trabalhos do dia a dia fizeram diretoria e comissão técnica considerarem a possibilidade. Durante este período, Sheik desfalcou a equipe por diferentes razões (suspensão, lesão e uma amigdalite). Wallyson, Zeballos e Ferreyra têm mostrado um rendimento abaixo do esperado, com muitos gols perdidos. Jogador de velocidade e que vinha em ascensão, Daniel sofreu uma séria lesão que o tirou de ação por seis meses (volta apenas em 2015). O recém-chegado Bruno Corrêa também ficou entregue ao departamento médico.

Poucas horas depois da chegada da delegação do Botafogo de Porto Alegre, na última segunda-feira, Vagner Mancini e o gerente Wilson Gottardo chamaram Jobson para uma reunião no Engenhão. Em uma rápida conversa, comunicaram ao atacante que no dia seguinte passaria a treinar com a equipe principal. Mas lembraram a ele a importância de disciplina e comprometimento, além de deixarem claro que as oportunidades virão somente quando e se entrar em forma. Depois explicaram a decisão aos demais integrantes da diretoria, alegando que trata-se de um teste.

Os 38 jogos disputados e 11 gols marcados são dados de alguém com pouco tempo de clube. Mas a trajetória de Jobson no Botafogo começou há quase cinco anos – seu melhor momento foi justamente no início, no fim de 2009, quando teve papel importante ao ajudar o time a escapar do rebaixamento no Brasileirão. A partir desta terça-feira, dependerá apenas do atacante aumentar esses números e deixar seu nome na história alvinegra pelo lado positivo.

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