Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
Esportes

Bananada luta e dá aulas de jiu-jítsu na África por não ter espaço no Brasil

31.05.2016
11:29
FONTE: G1

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  • Paulo Bananada posa na XGym, aonde voltou para se preparar para luta no EFC
Ex-campeão do Coliseu Extreme Fight e Wocs, o lutador paraibano Paulo Bananada sumiu do cenário nacional de MMA no último ano. Ele estava do outro lado do Oceano Atlântico: a convite de um amigo, rumou para a África do Sul para dar início a um novo projeto: conquistar o cinturão do Extreme Fighting Championship (EFC), principal evento do continente africano, e formar uma nova equipe de MMA no país. Sem espaço no Brasil, o atleta encontrou um cenário mais favorável fora do país.

- Como o MMA virou moda (no Brasil), fica difícil de lutar aqui, porque os eventos já têm o hábito de explorar os lutadores. Infelizmente, até os ex-lutadores que dizem que fazem isso e aquilo não passam de exploradores. Tem uns eventos que somam muito, mas infelizmente, não sei o que acontece, esses eventos não conseguem patrocinador. Acho que os "171" são melhores de papo, conseguem patrocínio até do governo e obrigam os atletas a usar os patrocínios do evento! Isso não pega legal. Então, só pra tentar fugir um pouco disso (que fui), fora a concorrência que tem pra dar aula aqui. É igual futebol, faixa-preta de jiu-jítsu não falta, é o que mais tem. Lá, fica mais fácil, não tem, só dois ou três faixas-pretas, facilita muito - contou Bananada ao Combate.com.

Ex-protegido de Anderson Silva, o peso-leve assinou com o EFC e faz sua primeira luta pelo torneio dia 5 de agosto - seu adversário ainda não foi divulgado. Bananada pretende descer para o peso-pena (até 66kg) e disputar o título do evento, que o impressionou positivamente.

- Com o EFC, (me surpreendi) sim. Aqui, no Brasil, temos só dois mais ou menos no (mesmo) nível, o Face 2 Face e o Coliseu, que infelizmente são eventos que têm dificuldades em conseguir patrocinadores. O EFC, a organização é no nível do UFC, é impressionante, eu fiquei louco quando vi aquilo lá. Eu sinceramente não tenho vontade de lutar em nenhum outro evento, quero pegar o cinturão daquele evento para mim.

Apesar do investimento em uma nova equipe, o lutador voltou ao Brasil neste mês para participar do revezamento da tocha olímpica - foi convidado para participar em sua cidade-natal de Sapé, na Paraíba - e para treinar na XGym, seu time no Rio de Janeiro, visando sua próxima luta. Segundo ele, o nível de treino em Johannesburgo ainda não está próximo do que ele encontra no próprio país.

- Tem uns lutadores bons lá, mas são muito específicos. São do wrestling, mas não conseguiram ainda adaptar para o MMA. Eu os vejo deixando um monte de falhas para o lutador de jiu-jítsu (explorar). Deixam uma perna no meio das pernas (do adversário), hoje em dia ninguém faz isso mais, vai perder a perna. Eles têm boxe muito bom, têm vários campeões mundiais de boxe. Jiu-jítsu, porém, está faltando muito, e é a oportunidade pra nós trilharmos este caminho.

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