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Nunca a natação teve horários tão tarde para as disputas das semifinais e finais. A preocupação maior é que os atletas não fiquem sonolentos justamente no momento em que precisam estar mais agitados e alertas. O plano que foi criado para tentar driblar os efeitos disso inclui um estudo na clínica do sono, processos de banho de luz com óculos tecnológicos, crioterapia (método de resfriamento corporal) e actigrafia (método de monitoramento do ciclo atividade-repouso).
- Com os óculos, damos um banho de luz nos atletas e, com isso, esperamos atrasar o sistema biológico deles. Ou seja, que a curva da temperatura do corpo fique mais alta até 0h, 0h30, para depois descansar. A ideia é atrasar a temperatura, atrasar o sono. Estamos atrasando a vida deles em três horas. A nossa expectativa é minimizar o prejuízo. Na teoria, todos os atletas vão estar muito prejudicados, ou seja, o desempenho deve diminuir nesses horários. Se, com esses óculos e estratégias, a gente conseguir manter o mesmo nível deles, está muito bom - explicou o fisiologista responsável pelo projeto inédito, Marco Túlio de Mello.
O trabalho começou a ser feito na última terça-feira e vai até o início das competições. Além de passar a atrasar todas as suas atividades (acordar, treinar, comer, dormir) em três horas, os atletas também precisam usar os óculos com luz artificial durante 30 minutos, às 19h, aumentando a temperatura do corpo e, consequentemente, ficando alerta por mais tempo. Depois, saem do treino de óculos escuros e usam uma luva com um sistema de refrigeração especial para diminuir a temperatura e desacelerar os nadadores.
- É meio estranho. Você coloca os óculos e não consegue ficar... Acaba olhando para as luzinhas verdes embaixo dele. No início, dava um pouquinho de dor de cabeça, mas depois você vai se acostumando e nem percebe. E é engraçado que depois, quando você tira, fica com o olho mais aberto. É o que a gente precisa para ficar mais alerta - comentou João Junior.
Ainda é cedo, porém, para notar boas respostas sobre a novidade. Nicolas Oliveira, que representa o Brasil nos Jogos do Rio no 100m livre e nos revezamentos 4x100m livre e 4x100 medley, ainda não notou mudanças, mas acredita que até começar a competição (dia 6) terá feito diferença.
- A gente está fazendo uma série de testes para ver como estamos respondendo às tecnologias que viemos nos submetendo. Por enquanto, estamos obedecendo o que é passado. Mas ainda não está dando para sentir tanta diferença. Mas é bem diferente. Dá uma sensação estranha. Você tira os óculos e fica um tempinho vendo verde.
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